Por sugestão de uma amiga interessada em reunir o grupo e incentivar a leitura, criamos de forma bastante informal, um CLUBE DE LEITURA que está em plena atividade e já debate (outubro de 2011) seu quarto livro. Nossos encontros são mensais e  recheados de muitas discussões. Como não somos experts, muito menos críticos literários, debatemos os sentimentos que os livros nos proporcionam, o que tem se mostrado muito rico do ponto de vista do crescimento individual e da convivência coletiva fraterna.
         A criação deste Blog é para que registremos a trajetória do Clube. O nome TOSCANA, surge para homenagear  aquela região italiana que, após  uma viagem que fizemos ( entre 11 casais)  para visitá-la, em abril de 2011, ela ficou indelevelmente marcada nos nossos corações. Como a criação do CLUBE DE LEITURA,  decorreu da parceria desenvolvida naquela viagem, a continuidade  do convívio daquele grupo (hoje ampliado), também justifica a homenagem.
         Este  Blog, que é restrito às participantes do CLUBE DE LEITURA TOSCANA, poderá conter  toda espécie de comentários, sugestões e propostas referentes a livros (lidos ou não), filmes, músicas,  peças teatrais e/ou shows , sobre os quais queiramos compartir impressões.
Bem vindas amigas!

terça-feira, 23 de abril de 2024

2024 - Reunião Inaugural


 Ata de nossa reunião de 26 de março de 2024

Hora: 19h 

Lugar: Restaurante Xavier, Rua Auxiliadora, 203


Reunião inicial do ano, destinada aos comentários dos livros lidos no verão.

Nosso encontro se deu em uma sala reservada no Restaurante Xavier, no segundo andar,  especializado em comida espanhola.

Compareceram ao encontro 9 (nove) integrantes do clube: Cleo, Denise, Evelyn, Karin, Lídia, Lise, Malu, Suzana e Titina. Como sempre, as ausências foram lamentadas.

Iniciou-se a reunião com conversas das amigas sobre assuntos gerais, sobre as chuvas e temporais de verão, o vendaval que assolou a cidade, o fato de  o ano ter começado de verdade, etc. 

Fizemos os pedidos, inclusive para a Karin, que veio do aeroporto, chegando dos Estados Unidos diretamente para a nossa reunião. 

Prosseguiu-se com assuntos da sociedade, a Karin contou sobre a mala de vinhos que traziam dos Estados Unidos, extraviada na volta da viagem.  Todas concordaram que pior seria se extraviada a mala pessoal da Karin, com lenços chiques, roupas maravilhosas, e mesmo a própria mala.  Seria mais preocupante.

Não se falou muito de literatura, alguns poucos e esparsos comentários sobre as leituras das férias.  Foram contadas notícias de chiques e famosos, falou-se de saúde, de doença, foi uma reunião bem desorganizada, que a nossa Presidente não conseguiu controlar.  Pode-se atribuir essa desorganização à saudade que as amigas tinham umas das outras.  O resultado foi que não tiramos a foto tradicional. 

Jantamos camarões e polvos, acompanhados de vinho Chardonnay, dividindo a sobremesa, crema catalana, entre todas. Tudo delicioso.

Por fim, foi escolhido o livro “Em Agosto Nos Vemos”, recém lançado, livro póstumo de Gabriel Garcia Marques, organizado pelos seus filhos. e foi marcada a nossa próxima reunião para o dia 23/04 no Bodega Maria.

Depois, ao longo do mês de abril, a Suzana, considerando que a reunião seria no dia de seu aniversário, convidou todas as integrantes do Clube para jantar no sábado Restaurante Benjamin no dia 23 de abril, convite que foi aceito com muita alegria por todas.

Beijo às amigas e até lá, Titina.

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

 

A ridícula ideia de nunca mais te ver -  Rosa Montero

Ata de nossa reunião de 13 de dezembro de 2023



Hora: 19h 

Lugar: Restaurante Ratskeller, Av. Pará, 1324

Livro:  A ridícula ideia de nunca mais te ver, de Rosa Montero


Nosso encontro se deu em uma sala reservada no tradicional Restaurante Ratskeller, especializado em comida alemã. 

Compareceram ao encontro 9 (nove) integrantes do clube: Andrea, Cleo, Denise, Evelyn, Karin, Lídia, Malu, Suzana e Titina. A presença da Andrea, ausente das reuniões ao longo do ano, surpreendeu e alegrou todas as amigas. As ausência, como sempre, foram lamentadas.

Iniciou-se a reunião com conversas das amigas sobre assuntos gerais.  Muito gerais nessa reunião. Falou-se de religião, judaísmo, viagens, surpresas de Natal, séries, futebol, celebridades, presentes de Natal adiantados, lentes de contato, amores, traições, histórias, homens e mulheres, e outros assuntos ainda, muito variados. Foi muito interessante, como sempre, e divertida a conversa! 

Tiramos a tradicional fotografia do grupo, e escolhemos um drink, para algumas, e vinho branco, para outras, assim como um farto couvert, característico do restaurante, de aperitivo. 

A seguir, falei sobre a autora, Rosa Montero, uma renomada escritora de muito destaque na literatura contemporânea espanhola. Rosa Montero tem 72 anos e ganhou muitos prêmios literários.  Vem sendo traduzida para vários países. Este ano, esteve no Fronteiras do Pensamento, abrindo o ciclo de conferências. 

A seguir, Lidia falou sobre o livro.  É um livro de uma mulher, falando da vida de outra mulher, Marie Curie, e de sua própria vida.  A autora entrelaça suas memórias com os diários de Marie Curie para tratar de perda, do luto, e da condição feminina. Madame Curie, como ficou conhecida, perdeu seu marido e companheiro de pesquisas e prêmios, Pierre Curie, em abril de 1906, atropelado por uma charrete.  Um século depois, em 2009, Rosa Montero perde Pablo, seu companheiro de 21 anos, vítima de câncer. O livro trata do pioneirismo, do luto vivido por elas e da ressignificação de ambas.  Marie Curie nasceu na Polônia, e foi a primeira mulher a ganhar o prêmio Nobel, e a única a receber dois prêmios em áreas distintas da ciência – física e química.  O feito é extraordinário, seja pela contribuição à ciência, seja pelo fato de Madame Curie conseguir obter a premiação sendo mulher, em uma época em que as mulheres não eram valorizadas (hoje já seriam?).  Depois, registre-se, a sua filha logrou também ser premiada com o Nobel do química, com o seu marido. O relato de Rosa Montero humaniza a trajetória de Madame Curie (1867-1934) sempre tratada pelo prisma da excepcionalidade.  A partir da leitura dos diários da cientista, a autora busca mostrar que os cientistas não são só seres neutros, objetivos, e racionais. A história da Madame Curie é fascinante!  Lutou por seus objetivos, trabalhava com garra, e foi muito resiliente em enfrentar o machismo, mesmo quando diminuída e invalidada por ser mulher.  O custo de tudo isso foi a agressão ao seu próprio corpo.  A radioatividade a deixou cega; fez quatro cirurgias de catarata; teve graves lesões nas mãos.  Por fim, morreu aos 66 anos de uma anemia perniciosa, causada pela radiação.

Todas gostaram muito do livro!  Foi uma obra que trouxe informações, lidou com a morte, a vida, o legado.  O título do livro foi também muito elogiado.

A seguir foi votado o livro do ano, vencendo Tróia, da Cláudio Moreno!

Jantamos, pratos alemães, muito apreciados.  E dividimos as sobremesas, também deliciosas.

Ao final, foi sorteado o amigo secreto.  Alguns presentes, maravilhosos (caftan, blusa, vinho, azeite), e alguns livros, escolhidos com carinho.  Todas gostaram dos presente recebidos. 

Por fim, e depois de muita conversa ainda, findou-se uma reunião muito alegre, encerrando-se mais um ano literário.

Bjo a todas, feliz Natal e feliz 2024, Titina.

domingo, 26 de novembro de 2023

É a Ales, de Jon Fosse


 Ata de nossa reunião de 07 de novembro de 2023






Hora: 19h 

Lugar: Pot. Pourry Pizzaria, na R. Pedro Chaves Barcelos, 845

Livro:  É a Ales, de Jon Fosse


Nosso encontro se deu novamente nessa pizzaria no bairro Bela Vista. Segundo sua própria descrição, trata-se de uma pizzaria intimista e requintada com terraço ajardinado convidativo serve pizzas especiais e opções apuradas.  Ficamos em uma mesa na primeira sala, à direita, em um espaço mais reservado, que permite a realização da nossa ruidosa reunião.


Compareceram ao encontro 6 (seis) integrantes do clube: Evelyn, Karin, Lídia, Lise, Suzana e Titina. 


Iniciou-se a reunião como sempre com conversas das amigas sobre assuntos gerias, tiramos a tradicional fotografia do grupo, e escolhemos o vinho, um rosé francês, e queijo coalho assado e casquinhas de massa de pizza com molhinhos de aperitivo. 


A seguir, falei sobre o autor, Jon Fosse, que ganhou este ano o prêmio Nobel de literatura, o que não surpreendeu a comunidade literária. Jon Fosse tem 64 anos, nasceu em 1959, na Noruega. O escritor transita por diversos gêneros: romance, poesia, conto, ensaio, literatura infantil e teatro — com mais de quarenta peças encenadas em cinquenta idiomas —, além de traduzir literatura estrangeira para o norueguês.  Ficou conhecido nos anos 90 pelas suas peças, sendo um dos dramaturgos mais encenados na Europa, conhecido como o “novo Ibsen”. Seu prestígio nacional é tal que o governo norueguês concedeu a ele uma bolsa vitalícia e um escritório para trabalhar no edifício anexo ao Palácio Real, em Oslo. 


No prosseguimento, a Lidia trouxe sua apreciação do livro. O romance abala a noção de tempo e elabora o absurdo do luto.  O livro fala sobre incertezas, dor do luto.  Signe mora com o marido Asle em uma antiga casa da família dele, perto de um fiorde, no interior da Noruega.  Asle um dia vai passear de barco, como fazia com frequência, e não volta.  A cada ano, cerca de 30 pessoas desaparecem no mar na Noruega.  Embora esse número possa parecer insignificante, tratando-se de um país pouco populoso (5.400.000 habitantes) o número impressiona, e inspira diversas obras.  O próprio Fosse já havia incursionado pelo tema na peça “Um Dia no Verão”. Voltando ao livro, embora tenham se passados mais de vinte anos de seu desaparecimento, Signe o espera todos os dias.  A narração foca Signe, idosa, retroagindo ao acontecido, a ela e a Asle, no dia do desaparecimento. Seus fantasmas, jovens, vão vendo outros fantasmas, que são pessoas de diferentes gerações da família de Asle, que habitaram a casa em outros tempos.  A narrativa brinca com a linha do tempo, de forma permanente, confundindo o leitor, indo e voltando no tempo.  O autor tenta reproduzir os pensamentos de um jeito mais fiel à desorganização natural de nossa mente.  A narrativa retrata um convício de muitos anos, monótono, sem diálogos, sempre frio, mas também sem atritos. Para Signe, contemplar o fiorde da janela de casa é um modo de se manter conectada a um passado que não passa.  Asle também era atraído pela paisagem, mas como uma promessa de evasão apenas sugerida, contudo, que resiste a uma interpretação definitiva. Talvez navegar no seu pequeno barco em dias de mau tempo fosse um modo de se afastar de seu pequeno mundo e deixar a casa onde a família, por gerações, sempre viveu.  A prosa de Fosse produz uma espiral que hipnotiza, os mortos são ausências sempre presentes, coabitando os espaços de onde não se pode sair, nem entrar. Fosse procura mostrar que dentro de uma morte há sempre várias outras perdas, abrindo espaço para uma reflexão sobre a permanência dos afetos e o lento, discreto, e absurdo movimento do luto.


Ninguém gostou do livro! Hahaha.  Ou, se gostaram foi muito pouco, mas o fato é que, debatendo, lendo a crítica, analisando o conteúdo e a forma da escrita, ao fim da reunião se gostou mais do livro do que antes.  Rendeu, surpreendentemente, um bom debate. 


Finda a apreciação da obra, jantamos pizzas deliciosas e por fim pizza doce de sobremesa.  Discutiu-se, novamente, a guerra, as dificuldades para viajar atualmente e no futuro, e outros vários assuntos.  


Por fim, foi escolhido o livro ‘A Ridícula Ideia de Não Mais Te Ver” de Rosa Montero, com reunião marcada para o dia 13 de dezembro, no Ratskeller, que a Karin se prontificou a reservar. 


Bjo a todas, Titina.

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

DON CASMURRO - Machado de Assis

 


Ata de nossa reunião de 18 de outubro  de 2023

Hora: 19h 

Lugar: Benjamin Osteria Moderna, Av. Carlos Gomes, 400, térreo

Livro:  Dom Casmurro, de Machado de Assis

Nosso encontro se deu novamente no Restaurante Benjamin, na mesma grande mesa em um sala separada, Sala Regina.  Foi exigida a realização de um depósito prévio para a efetivação da reserva, que mais uma vez foi gentilmente providenciado pela Karin.  

Compareceram ao encontro 9 (nove) integrantes do clube: Cléo, Denise, Evelyn, Karen Karin, Lise, Malu, Suzana e Titina. 

Iniciou-se a reunião com muitas conversas das amigas. Falamos sobre beleza, felicidade, gerenciamento da velhice, mobilidade, lucidez. A Cléo cumpriu sua promessa de comportar-se de forma exemplar, deve-se registrar.  Tiramos a tradicional fotografia, com o pior fotógrafo que já vimos em todas as reuniões realizadas.  Vejam as fotos e avaliem.  Fizemos um brinde à amizade e parceria. E  degustamos burratas com pães e grissinis.   A seguir, demos início aos trabalhos, após pedir que fosse baixado o som ambiente, que estava bem alto.

Falei sobre o escritor, Joaquim Maria Machado de Assis, nascido no Rio de Janeiro em 1839. É considerado o maior nome da literatura brasileira.  Escreveu em praticamente todos os gêneros.  Foi poeta, cronista, contista, romancista, dramaturgo, jornalista e crítico literário. Testemunhou a abolição da escravatura, a implantação da república, tendo comentado esses eventos do fim do século XIX. Nasceu pobre, mal estudou.  Escreveu 10 romances, 205 contos, 10 peças e mais de 600 crônicas.  Casou-se com Carolina Augusta Xavier de Novais que o ajudou a se desenvolver. 

A seguir, e com poderes que me foram transmitidos pela nossa presidente, apresentei suas observações sobre o livro:

Obra clássica da literatura brasileira, o romance foi escrito em 1899. Período repleto de mudanças sócio-políticas, como  abolição da escravatura (1888); proclamação da República (1889); entrada dos imigrantes no Brasil; modernização do país; etc...

 O livro relata a história de um homem de posses que ama uma moça pobre e se casa com ela. Na velhice ele escreve as memórias, portanto, lembranças da vida...desde criança, quando era chamado de Bentinho.

 O ciúme é abordado com brilhantismo na narração e provoca polêmicas em torno do caráter da CAPITU, personagem feminina mais conhecida da literatura brasileira!

(lembro da Evy que disse, quando decidimos ler Machado de Assis,  que teríamos que ler o livro da Capitu .  Capitu se tornou mais popular que Dom Casmurro...

A narração sempre trouxe uma situação inquestionável  de adultério, do ponto de vista do marido traído. Mas na medida, em que a sociedade passa a discutir a igualdade dos direitos entre homem e a mulher, surgiram interpretações de que a narrativa pudesse ser expressão de ciúmes doentio que cega o narrador e o faz conceber uma traição imaginária.

 O livro, a meu ver, permite essa conclusão, na medida de que o narrador é problemático, emotivamente arrasado e instável. Narra fatos que não conhece bem, os supõe, podendo ser fruto de sua imaginação.

No mais, uma leitura primorosa, escrita maravilhosa que nos faz sentir o sabor das palavras...

Todas gostaram do livro! E gostaram de ter lido Dom Casmurro.  Embora tenha começado meio lento, opinião geral, depois ficou bem bom. A polêmica que se seguiu é clássica:  Capitu traiu ou não traiu Bentinho?  Apenas três das amigas acreditam que ela tenha traído:  Denise, Evelyn e Suzana.  Denise ainda criou uma tese inovadora, disruptiva até, de que Capitu tenha traído por amor, para dar um filho a Bentinho. Quanto ao adultério, é bom lembrar que, na época do livro, era crime.  Mas havia uma distinção entre o adultério masculino e o feminino.  Embora a pena, de prisão com trabalhos, de 1 a 3 anos fosse a mesma, o adultério feminino era tido como consumado pela mera conjunção carnal.  Já o masculino somente era caracterizado se o cônjuge varão tivesse uma amante teúda e manteúda. 

Finda a apreciação da obra, jantamos, nhoques, rigolis, peixe, spaghetti, torteletti, ravioli, etc e dividimos asobremesa.  E falamos sobre a guerra, Israel, Hamas, Líbano, Há quem acredite tratar-se do início da 3ª guerra mundial.

Várias e ótimas sugestões de livros foram apresentadas e analisadas. Por fim, foi escolhido o livro ‘É a Alles´’, de Jon Fosse, escritor e dramaturgo norueguês, que ganhou o Nobel de literatura 2023, para o próximo mês, com reunião marcada para o dia 07 de novembro.  Já ficou marcada a de dezembro para o dia 13, ambas a serem confirmadas em data mais próxima. 

Bjo a todas, Titina.

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

TRÓIA - O Romance de uma Guerra

 



Ata de nossa reunião de 13 de setembro de 2023

 

 

Hora: 19h 
Lugar: Benjamin Osteria Moderna, Av. Carlos Gomes, 400, térreo

Livro:  Tróia: O Romance de Uma Guerra, de Cláudio Moreno


Nosso encontro se deu no recentemente inaugurado Restaurante Benjamin.  Fomos instaladas em uma mesa grande, em um salão separado muito lindo, que inclusive exigiu a realização de um depósito prévio para a efetivação da reserva, o que foi gentilmente providenciado pela Karin.  Lindo o restaurante, seus salões, os banheiros.  Tudo projeto do renomado arquiteto paulista Sig Bergamin. 

 

Compareceram ao encontro 9 (nove) integrantes do clube: Cléo, Denise, Evelyn, Karen Karin, Lídia, Malu, Suzana e Titina. 

 

Dessa vez, nem falei sobre o escritor, conhecido de todas, que é o professor de português Claudio Moreno.  Várias amigas inclusive foram alunas dele no Colégio Anchieta, ou no pré-vestibular Unificado. O autor escreve quinzenalmente no jornal Zero Hora.

 

Tiramos a tradicional fotografia, com um fundo muito bonito.

 

A seguir, a Lídia fez a apresentação do livro. A redação é muito cativante.  Todas gostaram. A mitologia narra fatos.  Mas no livro o autor usou da liberdade da literatura para criar o romance, dando novas cores à história. Conhecemos símbolos, deuses, vivências, similares em todas as civilizações.  A história da mitologia mostra que não há diferenças entre países, pessoas, e nem entre épocas.  Todos entendem as intenções de Menelau, e também as de Helena e de Paris.  A mitologia mistura os terrenos e os seres superiores, os deuses. Os deuses podem ser ruins ou bons, dependendo a quem atendem. Bons para uns e ruins para outros.  Foi bem observada, e comentada, a situação da mulher.  Há mais de 3 mil anos existia para servir o homem e sua mais importante característica era a beleza. Todas filosofaram muito.  O Cavalo de Tróia, comparou-se, seria equivalente a uma pessoa forte, que resiste aos ataques.  Quando é dada entrada a coisas externas é que há o enfraquecimento.  Por fim, outra passagem digna de registro que é a de Cassandra, a quem dado o poder da adivinhação, sem o poder da persuasão.  Cassandra torna-se uma figura importante no que diz respeito à Guerra de Tróia, pois profetiza o que iria acontecer caso os troianos levassem o cavalo de madeira para dentro das muralhas, não tendo ninguém acreditado nela, apesar dos seus avisos. Consequentemente, Troia é vencida e destruída pelos gregos.

 

Comemos pãezinhos, e tomamos vinho branco chardonnay durante o debate. 

 

Jantou-se nhoques, rigolis, peixe, spaghetti com frutos do mar, torteletti, ravioli.  Os pratos foram bem elogiados.  E também muito elogiados o livro e a sua indicação.  As integrantes do clube adoraram conhecer com maior profundidade essa importante história da mitologia grega, em um romance de tão agradável leitura

 

Depois, falou-se de moda, mitologia, esporte, tênis, protesto. Jantar muito apreciado.

 

Por fim, foi escolhido o livro Dom Casmurro, de Machado de Assis, para o próximo mês, com reunião marcada para o dia 18 de outubro.

 

Bjo a todas, Titina.

 

ULTIMO OLHAR - Miguel Souza Tavares





Ata de nossa reunião de  02 de agosto  de 2023

 

 

Hora: 19h 
Lugar: Libertino, Rua Santo Antônio, 801, Bonfim

Livro:  Último Olhar, de Miguel de Souza Tavares    


Nosso encontro se deu no Restaurante Libertino.  Fomos instaladas em uma mesa grande, no salão principal.  Muito legal o lugar, embora um pouco barulhento.  Em razão de não conseguirmos uma mesa em um lugar mais reservado, dessa vez ficou um pouco prejudicada a realização do debate. Mas, quanto às conversas paralelas, não houve problema, não foram prejudicadas.  Pelo contrário, foram muitas! Compareceram ao encontro 9 (nove) integrantes do clube: Cléo, Denise, Evelyn, Karen Karin, Lidia, Lise, Suzana e Titina. 

 

Falei sobre o escritor, Manoel de Souza Tavares, que já era conhecido de muitas, senão de todas, as integrantes do clube, que já leram Equador, Rio das Flores, e outras obras. O escritor é português, nascido no Porto em Portugal, em 1950 e criado em Lisboa.  E descendente de membros da nobreza portuguesa.  Ganhou muitos prêmios literários. Namorou a Maitê Proença (fofoquinha).  

 

A Lidia falou sobre o livro, que mostra a vida na pandemia.  Relata a vida de Pablo, de 93 anos, que passou pela Guerra Civil Espanhola, por um campo de extermínio nazista na Áustria e que quase morreu na França, mas agora se vê às voltas com a dureza da Covid-19 num lar de idosos na Espanha.

 

O ambiente descontraído chamou à irreverência e, como já referido,  ensejou muitas conversas paralelas, algumas politicamente incorretas, inclusive.  Foi difícil conter o grupo. Houve quem tenha errado o livro.  Muitas não gostaram do livro, acharam pesado, triste, doído, e até uma babaquice o romance. 

 

Tiramos a tradicional foto, e passamos ao jantar, a la carte mais uma vez, com escolhas individuais. Muito boa a comida, apreciada e elogiada por todas.  Comemos capelatti, spaghetti pomodoro, atum selado, e outros pratos todos muito bons. 

 

Por fim, foi escolhido o livro Tróia, de Claudio Moreno, para o próximo mês, e a reunião será realizada no dia 13 de setembro.

 

Bjo a todas, Titina.

 

terça-feira, 18 de julho de 2023

Flores para Algernon - Daniel Keyes




 Ata de nossa reunião de 28 de junho de 2023

 

 

Hora: 19h 
Lugar: Koh Pee Pee, na Schiller, 83, Moinhos de Vento

Livro: Flores para Algernon, de Daniel Keyes


Nossencontro se deu no Restaurante Koh PeePee, de comida tailandesa.  Fomos instaladas em uma mesa grande, no andar superior, em uma sala reservada.  Todas gostamos muito do lugarrestaurante já conhecido e frequentado pelas integrantes do Clube, e sempre muito apreciado.  A sugestão foi da Lise e a reserva  realizada pela Cleo, que conseguiu para a reunião uma mesa grande em um espaço reservado do estabelecimento.

 

Compareceram 8 (oito) integrantes: CléoDenise, Evelyn, Karin, LidiaLise, Suzana e Titina

 

Todas chegamos cedo, algumas antes de abrir o restaurante, inclusive. Começamos o encontro conversando muito sobre moda, maquiagem, compras em viagens, festas, casamentos recentes, e outros assuntos bem divertidos, tomando vinho Chadornnay

 

Falei sobre o escritor, Daniel Keyesnascido em Nova York, em 1927, e falecido em 2014, com 86 anos.  A sua principal obra é “Flores para Algernon”, justamente, que é utilizada como leitura obrigatória dos estudantes nos Estados Unidos. 

 

A seguir, a Lídia comentou o romance, que conta a vida de Charlie, um homem de 32 anos, com QI baixo, de 68, que trabalha em uma padaria, ganhando 11 dólares por semana e que se submete a uma cirurgia revolucionária, que promete aumentar a sua inteligência. Ao realizar testes, Charlie disputa com Algernon, um rato, já submetido à cirurgia, na composição de um quebra-cabeças, e é derrotado.  Ao reconhecer a superioridade do rato, que lhe provoca raiva, concorda em realizar a cirurgia, para se tornar inteligente. A cirurgia é um sucesso.  A narrativa do livro é de um diário - proposta perfeita do autor  - e acompanhamos as características emocionais do Charlie antes da cirurgia, quando ele sofria abuso emocional por parte de sua família,  e, a seguir , de seus colegas de padaria, sem ter consciência.  Ele não sofre, mas nós, os leitores, sofremos.  A cirurgia permite que ele perceba tudo o que lhe aconteceu e acontece.  Ao tornar-se inteligente, passa a disputar os espaços em igualdade e constata a mediocridade de seus colegas de padaria, família, etc. O sucesso da cirurgia, que depois percebe ser temporário, o afasta das pessoas próximas.  Após a operação, Charlie passa a ver Algernon como um companheiro, alguém que entenderia o que ele está vivendo e que antecipa o que lhe acontecerá.  Tudo que acontece com Algernon, a seguir acontece com Charlie.  

 

O livro foi muito apreciado por todas.  Criou-se uma empatia com Charlie.  Antes da cirurgia, sofremos com os abusos que sofria.  Após, sofremos com a sua dificuldade de adaptação à hipocrisia e dissimulação da  humanidade e o afastamento de seu “mundo” que decorre da aquisição de inteligência.  Quando Charlie ficou “inteligente” desacomodou as relações que tinha com todos.  Através de flashes de memória, após a cirurgia, conhecemos os traumas de infância do personagem.  As experiências que viveu foram chocantes e se refletem diretamente no seu desenvolvimento emocional.  Tanto as lembranças do passado, como os acontecimentos do presente do Charlie são muito tristes.  A narrativa, por meio dos diários, nos faz observar o mundo pelos olhos do personagem, que inicia escrevendo com graves erros de ortografia e de concordância, e com vocabulário bem restrito, e vai evoluindo de acordo com os progressos que obtém depois da cirurgia.  O autor consegue, pela escrita, demonstrar a evolução e, no final, involução, de Charlie na capacidade de interpretar o mundo e as coisas. Charlie espera ficar inteligentes através da acumulação de conhecimentos, mas a cirurgia permite que ele acesse todos os locais de sua mente, até antes inacessíveis, concluindo como a sua vida foi miserável.

 

Houve bastante debate, o livro foi muito apreciado e, até, apontado por várias amigas como o melhor livro já lido no nosso Clube de Leitura. Algumas integrantes do Clube, contudo, não leram o livro, o que deve ser registrado, até para incentivar que sempre seja lido o livro escolhido (rsrsrs).

 

Foi comentado, a seguir o livro recém lançado por Ilze Scamparinijornalista, correspondente da Rede Globo nas Itália“Atirem no Meu Coração”.  Foi comentado como sugestão de leitura para os próximos meses.   Para julho já havia sido escolhido em maio o livro de Miguel de Souza Tavares “Último Olhar”.

 

A seguir, tiramos a foto, e passamos ao jantar, a lacarte desta vez, com escolhas individuais de pratos tailandeses, deliciosos, por cada integrante do Clube. 

 

Por fim, foi marcada a próxima data de reuniãopara o dia 26/07uma quarta-feira.  Ao longo do mês, registre-se, a reunião foi adiada para a quarta-feira seguinte, dia 02/08.

 

Bjo a todasTitina.