Por sugestão de uma amiga interessada em reunir o grupo e incentivar a leitura, criamos de forma bastante informal, um CLUBE DE LEITURA que está em plena atividade e já debate (outubro de 2011) seu quarto livro. Nossos encontros são mensais e  recheados de muitas discussões. Como não somos experts, muito menos críticos literários, debatemos os sentimentos que os livros nos proporcionam, o que tem se mostrado muito rico do ponto de vista do crescimento individual e da convivência coletiva fraterna.
         A criação deste Blog é para que registremos a trajetória do Clube. O nome TOSCANA, surge para homenagear  aquela região italiana que, após  uma viagem que fizemos ( entre 11 casais)  para visitá-la, em abril de 2011, ela ficou indelevelmente marcada nos nossos corações. Como a criação do CLUBE DE LEITURA,  decorreu da parceria desenvolvida naquela viagem, a continuidade  do convívio daquele grupo (hoje ampliado), também justifica a homenagem.
         Este  Blog, que é restrito às participantes do CLUBE DE LEITURA TOSCANA, poderá conter  toda espécie de comentários, sugestões e propostas referentes a livros (lidos ou não), filmes, músicas,  peças teatrais e/ou shows , sobre os quais queiramos compartir impressões.
Bem vindas amigas!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Zero Hora 12/11/2013 - Publicação de nossa Redatora Chefe


Reunião de 24/10/2013 - Doce Gabito







Nos encontramos na casa da Malu, recém chegada de viagem, como é normal... Fotos da nossa artista se alternam na tela Led enquanto aguardávamos a chegada de todas as amigas. Neste meio tempo, testamos o contato com Denise e Suzana, ineditamente participando da reunião por skype.  Arlete estava presa no trânsito e Titina, pasmem, na Emergência do Moinhos- marido com cólica renal, assim ela atestou... A pequena demora das colegas faltantes não abalou nosso ritmo e assim que chegaram começamos a reunião.

Lídia iniciou as falas elogiando este "escritor maravilhoso" que, mais uma vez exaltando o tema da família , como em Arroz de Palma, nos mostrou que sempre existe o lado bom "e isto faz bem pra gente". Ressaltou que o prostíbulo, onde viveu a protagonista, não foi julgado, o que também chamou a atenção da Evelyn, que disse: - Adoro o jeito que ele escreve!!! Evy, que junto com a Malu, estava enlouquecendo na tentativa do contato via skype, ainda expôs sua conclusão de que Gabito era o anjo da guarda de Gabriela.  Eu, não me ative muito a estas questões e concentrei meu comentário em:- como fazia um homem a retratar, e contar tão bem o universo feminino e sua sensibilidade sensorial?

Cléo, achava que Francisco Azevedo era libriano, mas Arletinha logo pesquisou e apurou que era do signo de peixes. De qualquer modo, segundo nossa it girl : -" o livro é uma poesia". O fato de  Gabriela conseguir sobreviver a tudo, se devia a sua capacidade de ver o mundo com poesia, de ver o terceiro lado...Cleozinha ainda registrou sua apreciação do momento em que José Aureliano desfez a  trança da protagonista, disse :-"muito melhor que 50 tons!"  Lise entra em ação ressaltando novamente a sensibilidade de Gabriela, por vezes parecia ficção e depois voltava a realidade, "ela sonhava muito..." Adorou as descrições do Rio de Janeiro, os lugares, as músicas... Tudo é inspiração , disse Lisinha, ao lembrar que nosso Érico Veríssimo inspirou 100 Anos de Solidão de Garcia Marquez, que, por sua vez era referência para Francisco e sua protagonista.

Enquanto as tentativas de contato com Denise e Suzana no Uruguai , não davam certo, deixando em alas a Evelyn, Malu nos contou que não terminou o livro. Destacou, porém a atenção ao tato que Gabriela manifestava constantemente e a linda relação com o avô. Arletinha nos comoveu citando:

"Temporário ou definitiva, toda separação é liberdade.
Se causa dor, medo ou raiva.
Se traz insegurança ou alívio.
Se deixa mágoa ou saudade. Não faz mal.q
Separação é saudável recomeço
Oportunidade de crescimento. Sempre."

Karen adorou o ritmo, frases curtas, leitura dinâmica. Livro que narra, não faz críticas, não julga. Nossa amiga, acostumada a fortes emoções, confessou que deu umas puladinhas, pois o Galileu e o Gabito eram meio monótonos,  e  no final perguntou: -  " Como um homem pode contar tão bem a vida de uma mulher?" Karin achou o livro extremamente poético, e apurou que as descrições não vinham do convívio, mas do DNA do autor. Concluiu com frase emblemática: - "Acho este, o melhor e mais bonito livro que já lemos." Pobre Titina, ficou por última, tendo pouco a dizer... Destacou a visão otimista do mundo que tinha Gabriela e que fez com que, mesmo contando as várias desaventuras, sempre mostrou a alternativa positiva encontrada pela protagonista . Foi Titina quem nos contou que o autor foi criado pela avó, tendo considerado esta solução uma dádiva. Isto faz entender uma série de passagens da obra.

Quase que intuindo que estávamos pra encerrar, Denise e Suzana, auxiliadas por um belo, jovem e simpático uruguaio, conseguem se conectar conosco. Suzana, foi penalizada pelo delay e não conseguimos apurar sua posição. Em compenso, Denise, registrou sua impressão de que o livro conta a vida de uma pessoa marcada pela tragédia, que cresceu com o sofrimento. Sinalizou a escrita especial de Francisco e lembrou: - " nunca falou em celular, TV, rádio, etc


Fomos para a mesa tendo nos servido de strogonoff, pois haviam decisões a serem tomadas. Ficou definido que o livro a ser lido para o próximo encontro é A Paixão Segundo GH de Clarice Lipector. A reunião será na casa da Karen, com direito a amigo secreto como no ano passado. Não posso deixar de registrar minha frustração por não termos conseguido acordar uma data para voltar a Gramado, sem dúvida o voto da Suzana e da Denise teriam feito diferença. Minha recompensa, porém, veio da mesa de sobremesas clássicas, e no café servido nas xícaras de coleção da nossa anfitriã Malu.



Me despeço dizendo que na distância se encontram motivos, enquanto na presença usamos desculpas...

Beijo grande a todas!

Andrea