Por sugestão de uma amiga interessada em reunir o grupo e incentivar a leitura, criamos de forma bastante informal, um CLUBE DE LEITURA que está em plena atividade e já debate (outubro de 2011) seu quarto livro. Nossos encontros são mensais e  recheados de muitas discussões. Como não somos experts, muito menos críticos literários, debatemos os sentimentos que os livros nos proporcionam, o que tem se mostrado muito rico do ponto de vista do crescimento individual e da convivência coletiva fraterna.
         A criação deste Blog é para que registremos a trajetória do Clube. O nome TOSCANA, surge para homenagear  aquela região italiana que, após  uma viagem que fizemos ( entre 11 casais)  para visitá-la, em abril de 2011, ela ficou indelevelmente marcada nos nossos corações. Como a criação do CLUBE DE LEITURA,  decorreu da parceria desenvolvida naquela viagem, a continuidade  do convívio daquele grupo (hoje ampliado), também justifica a homenagem.
         Este  Blog, que é restrito às participantes do CLUBE DE LEITURA TOSCANA, poderá conter  toda espécie de comentários, sugestões e propostas referentes a livros (lidos ou não), filmes, músicas,  peças teatrais e/ou shows , sobre os quais queiramos compartir impressões.
Bem vindas amigas!

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

O DESABAMENTO - Édouard Louis

 Ata de nossa reunião de 06 de agosto de 2025

Hora: 19h 

Lugar: Restaurante MÜ, Rua Eudoro Berlinck, 260

Livro: O Desabamento, de Édouard Louis

Compareceram ao encontro 9 (nove) integrantes do clube: Cleo, Denise, Evelyn, Karen, Karin, Lise, Malu, Suzana e Titina.

Aperitivamos maravilhosos camarões e tomamos vinho branco.

A seguir, a foto, em vários ambientes, na busca do melhor ângulo e iluminação.

Iniciou-se conversando sobre variados assuntos e recentes acontecimentos na cidade. A seguir, veio a notícia por mensagem de que a Lidia não conseguiria comparecer, por motivo de saúde, o que surpreendeu a todas.  Nossa integrante mais assídua!  Foi lamentada a sua ausência e desejadas melhoras. Registre-se que a Lidia enviou seu resumo com apreciação do livro.

Falei sobre o autor. Édouard Louis,  cujo nome original é Eddy Bellegueule, nascido em 30 de outubro de 1992  em Hallencourt, localidade da Picardia, no norte de França. Édouard cresceu numa família pobre, apoiada por subsídios sociais do governo, num meio onde o racismo, a homofobia e o alcoolismo eram uma constante e violenta presença. O seu pai foi trabalhador de fábrica durante uma década até que sofreu acidente do trabalho ficando acamado e incapaz de trabalhar.  Eddy conseguiu sair de casa para estudar, ingressou na Universidade da Picardia Jules Verne e, em seguida, na prestigiosa École Normale Supérieure, em Paris, tendo sido o primeiro na família a frequentar a universidade. Escreve sobre a sua vida e de seus familiares, retratando um mundo onde a pobreza e o álcool acompanham a reprodução social, levando as mulheres a conseguirem empregos mal remunerados e abandonarem seus estudos e os homens a passarem da escola diretamente para o trabalho braçal nas fábricas. Sua escrita se enquadra no gênero literário autoficção biográfica, em que apresenta elementos da sua autobiografia.

A seguir, a Denise fez a leitura do resumo atenciosamente enviado pela Lídia: O livro "O Desabamento", de Édouard Louis, trata da dor física e emocional do irmão do autor, marcada por exclusão social, familiar e laboral, além da pressão da masculinidade tóxica. A obra aborda temas como homofobia, dor psíquica, masculinidade imposta e relações familiares marcadas pelo silêncio e desprezo. O autor escreve como uma tentativa de dizer, por meio da literatura, o que não conseguiu expressar diretamente ao irmão. É um livro duro, sensível e impactante, que trata do amor impossível entre irmãos e da fragilidade de corpos que não suportam mais sofrer em silêncio.

Passou-se, então, às apreciações de cada uma das amigas que leram o livro desse mês, por até três minutos, com o controle da ampulheta sendo feito pela Evelyn.  

Iniciou-se pela Karin, que não havia falado na última reunião, tendo preferência, seguindo a ordem na mesa no sentido horário:

Karin não gostou do livro. Achou pesado, triste, depressivo, não tendo agregado nada.

Evelyn referiu o desamor.  O irmão não foi amado, mas questiona, se tivesse sido, se tivesse oportunidade, seria diferente a sua vida?  Talvez não, reflete. 

Denise achou o livro bem escrito e afirma que o irmão, personagem principal, era bipolar.  Os bipolares não se curam nunca, afirma.

Karen não gostou do livro.  Admite que é bem escrito, em forma de diário.  Não gostou e, a seu ver, o autor deveria ter tentado conversar com o irmão.

Suzana gostou muito, achou bem escrito,  que o autor tem o dom da escrita e acredita que seja provável ganhador de um prêmio Nobel no futuro.  Comentou, ainda, o sucesso mundial que o autor vem tendo com suas obras.

Lise achou o autor narcisista, que conta uma história íntima, e expõe o irmão doente e sua família violenta.  O irmão não gostou da exposição, comenta, era depressivo, alcoólatra, e o livro foi escrito porque não sente nada quando o irmão morre. 

Titina gostou muito do livro.  Acha que o irmão tinha doença psiquiátrica, nunca diagnosticada e tratada.  Comenta, ainda, o atraso da sociedade francesa na região em que moravam, a ignorância, o baixo nível intelectual da família.  

Cleo diz que o autor é egoísta.  O livro é pesado.  Gostou mais no início, achou indevida a exposição do irmão, que foi muito maltratado na família.

O livro deu muita polêmica, o que é admitido por todas.   Muito debate. Nesse sentido, foi um sucesso, registre-se.

Jantou-se, sempre muito bons os pratos, com predominância de pedidos do atum selado, como tem ocorrido.

Chá e cafezinho e depois (estranho) sobremesas lindamente apresentadas, quase obras de arte,  e deliciosas,  compartilhadas entre todas. 

Conversou-se mais um pouco, foram relembrados acontecimentos, comentados romances, namoros, casamentos, costumes.

E, por fim  votou-se o próximo livro, indicado pela Suzana:  “Setembro Negro”, de Sandro Veronesi, autor  italiano que vem fazendo muito sucesso, tendo estado recentemente participado da FLIP 2025.  

A próxima reunião foi marcada para o dia 02 de setembro, uma terça-feira.  Agendem-se!

Boas leituras a todas e até lá, bjo, Titina.

domingo, 3 de agosto de 2025

Verônica e os Pinguins- Hazel Prior

 Ata de nossa reunião de 09 de julho de 2025



Hora: 19h 

Lugar: Restaurante MÜ, Rua Eudoro Berlinck, 260

Livro: Verônica e os Pinguins, de Hazel Prior.

Compareceram ao encontro 7 (sete) integrantes do clube: Cleo, Karen, Karin, Lídia, Lise, Suzana e Titina.

Aperitivamos e tomamos vinho branco, como quase sempre. 

Iniciou-se conversando sobre variados assuntos, em especial homeopatia, suas variantes, médicos da especialidade, dicas de tratamento, tendo sido elogiados bons resultados obtidos por parte das amigas.

A Karin, a seguir, gentilmente nos brindou com deliciosos chocolates da loja Just Chocolate, na Galeria Casa Prado, da sua filha, Paula.  Chocolates gourmet, amargos, com inusitados sabores, como por exemplo cristais de vinho e framboesa e limão. Foram muito apreciados!  Todas adoraram a doce surpresa.

Comentou-se, ainda, a visita realizada no dia 02 de julho pelas integrantes do Clube à nova loja da Florense, a convite da Karin, que organizou e agendou o evento junto à administração do estabelecimento.  Quem participou adorou.  A loja é um show, linda, enorme, com variados e bem decorados ambientes, em que expostos e apresentados elementos modernos e mesmo futuristas de móveis.  Ao final da visita, pôde-se conhecer o café da loja, em que nos serviram deliciosos salgados e doces, muito apreciados.  Um chá completo, na verdade.  

Falou-se, ainda da Saccaro, de outras lojas de móveis, da loja de moda feminina Was, da semana de alta costura de Paris para a temporada outono/inverno 2025-2026 que acontecia naquela semana, de 7 a 10 de julho de 2025, e que é acompanhada pela Cleo, que nos noticiou as novidades e tendências.  Comentou-se, ainda, um pouco, das últimas medidas do Trump  divulgadas um pouco antes de nossa reunião.  Tiramos, então, a foto.

A seguir, passamos ao livro.  Falei da autora Hazel Prior. Hazel nasceu em Oxford, Inglaterra e é uma harpista celta e autora de cinco romances best-sellers. Aborda, em seus livros, temas de vida selvagem e meio ambiente.  Fez muito sucesso com o livro que lemos este mês – Verônica e os Pinguins. Atualmente, ela mora em Exmoor, no sudoeste da Inglaterra, tendo sido comentado que vive com um gato ruivo. 

A seguir, a  Lidia fez a primeira apreciação.  Comentou que o início do livro não empolga, mas a história se torna envolvente com o tempo, à medida que os personagens se desenvolvem. O livro é narrado em primeira pessoa, alternando entre Verônica e Patrick. Quando Patrick lê os diários da avó, a narrativa se aprofunda, revelando uma história comovente de uma adolescente durante a guerra, com destaque para o vínculo familiar. Um ponto forte do livro é a recomendação de um pai à filha em momento de separação, que Verônica carrega por toda a vida e que Lidia observa constituir-se em um gancho para o livro que lemos no mês passado. Por fim, os pinguins são destacados como maravilhosos, com um convívio social e familiar superior ao da sociedade humana, conforme mencionado na página 152 do livro. O livro conta a história de Verônica, uma idosa, de 85 anos, que leva uma vida solitária, e que  começa a refletir  sobre a quem deixará sua enorme fortuna. Assistindo na televisão a um documentário sobre um centro de estudos de pinguins na Antártica, decide passar uma temporada lá, local sabidamente inóspito.  No decorrer do livro acompanhamos a sua  descoberta da existência de um parente vivo, que se torna protagonista em paralelo – Patrick - as novas amizades feitas na Antártica, a revelação de sua vida, de traumas passados e a situação dos pinguins no extremo sul do planeta, que precisam de ajuda.  O livro é narrado  sob diversos pontos de vista e se constitui em uma história sobre amadurecimento, família, encontros e reencontros.

Inauguramos a ampulheta, com a concessão de até 3 (três) minutos para cada integrante do Clube falar.

Cléo mencionou a paixão de Verônica pelo Giovanni. Não gostou do livro, no início, depois apreciou. Lise gostou muito apesar dos temas tratados, pesados, como solidão, perdão, pazes com o passado.  Mostra transformações pessoais, uma mensagem de esperança, de que sempre seria tempo de se fazer concessões. Suzana gostou da leveza, achou o livro agradável, interessante, apreciou a ironia inglesa, afeiçoou-se ao pinguim e gostaria que eles tivessem ficado com ele.  Karen chamou a atenção para a repressão aos sentimentos da protagonista principal. Perdeu os pais, o filho, o namorado, e queria encontrar alguém para amar.  Por meio dos pinguins, encontrou o neto.  Titina gostou muito da leitura e pontuou que, através dos pinguins, de um em especial, o Patrick, aproximou-se do neto, que tem o mesmo nome e serviu de inspiração para o nome dado ao pinguim.  

A utilização da ampulheta foi considerada uma experiência exitosa.  Então, por enquanto pelo menos, se continuará a utilizá-la. Serviu para organizar o debate, possibilitando a todos o registro de comentários sobre a leitura.

Continuou-se falando de psicopatia, que acometeria, ainda que de forma leve, 25% da população.  Personalidade narcisista, controle, o fato de as pessoas não mudarem as outras. Foram dadas dicas de série, dentre as quais “A Reserva”.  Houve assuntos referentes a filhos, dores do crescimento, ao motivo das coisas, e foi muito comentada uma importante frase do pai da Veronika, que merece registro: “Existem três tipos de pessoas no mundo, Very. Há aquelas que tornam o mundo pior, aquelas que não fazem diferença, e aquelas que tornam o mundo melhor. Se puder, seja uma daquelas que tornam o mundo melhor.”  Essa frase tem um peso emocional bastante forte e serve como um importante guia moral para a protagonista. 

Pedimos sobremesas de morango e abacaxi, conversou-se mais um pouco e foi marcada a próxima reunião para o dia 06/08, quarta-feira, no mesmo restaurante, Mü, às 19:00 horas. 

O livro escolhido foi O desabamento, de Édouard Louis.

Beijo às amigas, e até lá, Titina.

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Kim Jiyoung, Nascida em 1982 - Cho Nam-Joo


 Ata de nossa reunião de 04 de junho de 2025



Hora: 19h 

Lugar: Restaurante MÜ, Rua Eudoro Berlinck, 260

Livro: Kim Jiyoung, Nascida em 1982, de Cho Nam-Joo.

Compareceram ao encontro 9 (nove) integrantes do clube: Cleo, Denise, Evelyn, Karen, Karin, Lídia, Lise, Suzana e Titina.

Não houve aperitivo, dessa vez.  Pedimos os pratos diretamente.

Iniciou-se conversando, livremente, sobre vários assuntos, amizades, fez-se o brinde, com vinho branco. Sugeri, para próxima reunião que se utilize uma ampulheta, de 3 minutos, para que cada integrante do Clube fale nas reuniões com essa limitação temporal.  A ideia foi aprovada.  Será testada na próxima reunião, e então avaliada a conveniência de se utilizar essa modalidade. 

Falei um pouco sobre a autora Cho Nam-joo. Trata-se de uma escritora sul-coreana nascida em 1978, em Seul, socióloga por formação, que  trabalhou por cerca de uma década como roteirista de programas de televisão voltados a temas atuais. Após deixar o trabalho para cuidar de sua filha, enfrentou dificuldades para retomar a carreira, experiência que inspirou sua obra mais conhecida, que é justamente o livro que lemos este mês. O romance, Kim Jiyoung, Nascida em 1982, foi publicado em 2016, e tornou-se um fenômeno literário na Coreia do Sul, vendendo mais de um milhão de cópias, sendo traduzido para mais de 18 idiomas. A obra é considerada um marco no debate sobre desigualdade de gênero no país, ao retratar a vida de uma mulher comum que enfrenta diversas formas de discriminação ao longo de sua trajetória. O livro foi adaptado para o cinema em 2019.  A autora é  reconhecida por sua escrita direta e por abordar questões sociais relevantes, especialmente relacionadas à condição feminina na sociedade sul-coreana. Além de Kim Jiyoung, Nascida em 1982, publicou outras obras que exploram temas semelhantes, consolidando-se como uma voz importante na literatura contemporânea da Coreia do Sul.

Passou-se, então ao debate sobre o livro. 

A Lidia fez a primeira apreciação.  Gostou do livro. Comenta que ele se constitui como um retrato direto e objetivo das injustiças enfrentadas pelas mulheres na sociedade. Mostra que “ser mulher” é uma experiência coletiva marcada por desigualdades estruturais, comuns em diferentes contextos, apesar das particularidades culturais. A obra não trata de machismo de forma aberta, mas sim da forma como a sociedade naturaliza a desigualdade de gênero, exigindo que mulheres enfrentem julgamentos e silenciamentos constantes, especialmente no ambiente familiar, onde os homens ocupam o papel de “ajuda” e não de corresponsáveis.

Todas gostaram da obra, que ensejou um bom debate sobre a vida das mulheres, mas também houve críticas ao fato de as mulheres muitas vezes se colocarem na posição de vítimas, assim, como a personagem do livro, com quem muitas não simpatizaram tanto.

Falou-se ainda sobre impostos, tributação, aposentadorias, isenções, ioga, procedimentos médicos, dermatológicos, e outros assuntos, em conversas paralelas, ou não.

Foi tirada a foto e jantou-se, sempre muito boa a comida: atum selado em especial, camarões e outras especialidades da casa. Vinho branco e água, sobremesas compartilhadas.  Foi tirada a foto. 

Conversou-se mais um pouco e foi marcada a próxima reunião para o dia 08/07, terça-feira, no mesmo restaurante, Mü, às 19:00 horas. 

O livro escolhido foi Veronica e os Pinguins, de Hazel Prior.

Beijo às amigas, e até lá, Titina.

segunda-feira, 5 de maio de 2025

PARA ENTENDER O ESTOICISMO - Matthew J. Van Natta

 


Ata de nossa reunião de 15 de abril de 2025


Hora: 19h 
Lugar: Restaurante MÜRua Eudoro Berlinck, 260

Livro: Para Entender o Estoicismo, de Matthew J. Van Natta

 

Compareceram ao encontro 6 (seis) integrantes do clube: Cleo, Karin, Lídia, MaluSuzana e Titina.

 

Degustamos, como entrada, camarões empanados.

 

As conversas, nessa reunião, giraram todas em torno do recente falecimento de nossa querida amiga Arlete, que integrou o Clube nos seus primeiro anos de existência.  Sua morte foi comentada, todas estão muito impactadas com o evento, totalmente inesperado. Foram rememorados momentos felizes que se viveu com a amiga e o quanto foi homenageada com a presença no velório do grande número de amigos que com sua alegrai e entusiasmo conquistou ao longo da vida. 

 

Falei um pouco sobre o autor Matthew J. Van, criador do podcast estoico Good Fortune e do site ImmoderateStoic.com. Seus escritos concentram-se na aplicação diária da filosofia estóica no mundo moderno. Ele vive com sua esposa e filha em Portland, Oregon.

 

A seguir, foi comentado o livro Para Entender o Estoicismo: a Arte do bem Viver da Filosofia Estoica Para Encontrar Resiliência Emocional e Positividade.  Foi apreciado, mas sem maior entusiasmo.  A obra se constitui em um guia acessível e prático para quem busca resiliência emocional e positividade diante dos desafios da vida. O livro introduz os princípios do estoicismo — filosofia nascida na Grécia Antiga — e mostra como eles podem ser aplicados no cotidiano para lidar melhor com emoções, adversidades e expectativas. Van Natta traduz conceitos filosóficos complexos em ensinamentos simples e eficazes, exaltando a sabedoria que há na simplicidade. A leitura convida à prática, com impacto transformador relatado por leitores que enfrentam crises pessoais. O texto enfatiza que o estoicismo não é uma filosofia fria, mas sim uma celebração da vida, baseada em gratidão, reflexão e na busca de alegria nas pequenas coisas. O autor não apenas oferece conselhos, mas provoca uma mudança de mentalidade e incentiva o leitor a adotar o estoicismo como um estilo de vida necessário e acessível, especialmente em tempos de incerteza.

 

Tratando-se de filosofia, concordou-se que foi importante um contato com o estoicismo. Não gerou debate por não encerrar polêmica.  E, havendo a presença de tão poucas amigas a essa reunião, não houve conversas paralelas, o que merece registro.  Ou seja, foi uma reunião bem diferente das que costumam ocorrer.

 

Jantou-se, sempre muito boa a comida: atum selado e arroz com camarõesVinho branco e água, sobremesas compartilhadas.  Foi tirada a foto. 

 

Conversou-se mais um pouco e foi marcada apróxima reunião para o dia 04/06quarta-feira, no mesmo restaurante, , às 19:00 horas

 

O livro escolhido foi Kim Jiyoung, nascida em 1982, de Cho Nam-Joo.

 

Beijo às amigase até láTitina.

sexta-feira, 21 de março de 2025

CONFRATERNIZAÇÃO DE ABERTURA DE ANO LETIVO


Ata de nossa reunião de 18 de março de 2025

 

Hora: 19:15h 
Lugar: Restaurante MÜ, 
Rua Eudoro Berlinck, 260

Somente reencontro, sem livro específico a ser comentado.

Compareceram ao encontro 9 (nove) integrantes do clube: Cleo, Denise, Evelyn, Karen, Karin, Lídia, Lise, Suzana e Titina.

 

Novamente, degustamos entradas inicialmente.  Camarões empanados e lâminas de atum temperadas, em especial.  E muito se conversou! O que se fez no verão, passeios, planos de viagem, livros lidos, filmes vistos comentários sobre o Oscar, a injustiça em relação à Demi Moore, que não ganhou o Oscar de melhor atriz.  Astronautas e o retorno, que ocorreu no dia da reunião.  Pandemia, (assunto recorrente), Morte de Gene Hackman e sua esposa, Betsy Arakawa.  Saúde, mulheres manipuladoras, mais viagens, filme Anora visto por amigas que não gostaram, acharam a temática adolescente, filme Ghost, que todas adoraram, na época. 

 

A seguir, a Presidente chamou à realidade, o encontro era para cada uma falar sobre o que leu nas férias.  Alguns livros foram referidos: O Vento Sabe o Meu Nome, de Isabel Allende, Antes que o Café Esfrie, de Toshikazu Kawaguchi,  O Segredo de Espinosa, de José Rodrigues dos Santos,  Longe das Aldeias, de Robertson Frizero, Cães Negros, de Ian McEwan,  A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón, e livros de história, sobre impérios, o conhecimento do passado para entender o presente, dentre outros.  Mas, depois, a conversa geral voltou a grassar.  As amigas estavam com muita saudade dos encontros. Voltou-se a falar de doenças, preparação para o futuro, estoicismo como um auxílio para enfrentar os problemas da vida.  Há, ainda, outras conversas, simultânea e paralelamente realizadas, às quais não se teve acesso e, por tal, não é feito o registro. Não foram poucas.

 

Jantou-se, sempre muito boa a comida. Vinho branco e água, sobremesas compartilhadas.  Foi tirada a foto. 

 

Conversou-se mais um pouco e foi marcada a próxima reunião para o dia 15/04, terça-feira, no mesmo restaurante, Mü, às 19:00 horas. O livro escolhido foi Para Entender o Estoicismo, de Matthew J. Van Natta

 

Beijo às amigas, e até lá, Titina.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

O ACIDENTE - Ismail Kadaré

  





Ata de nossa reunião de 10 de dezembro de 2024


Hora: 19:15h
Lugar: Restaurante MÜ, 
Rua Eudoro Berlinck, 260

Livro “O Acidente” de Ismail Kadaré.

 

Compareceram ao encontro 10 (dez) integrantes do clube: Cleo, Denise, Evelyn, Karen, Karin, Lídia, Lise, Malu, Suzana e Titina.

 

Novamente degustamos entradas, comentou-se o filme A Substância, Demi Moore, estética, envelhecimento etc.  Cleo, Denise e Lidia viram o filme.  As demais integrantes ainda não viram, mas prometeram fazê-lo ao longo do verão.  O filme foi comentado e resumido. Foi chamada a atenção para os seus detalhes, colorido, assunto do envelhecimento etc. 

 

A seguir, falei sobre o autor, Ismail Kadaré, albanês, nascido em Girokaster, em 1934, e recentemente falecido em Tirana, em 2024.  Era filho de um funcionário público. Presenciou a devastação da Albânia por tropas que se digladiaram durante a 2ª Guerra Mundial, o que deixou marcas na sua vida e na sua obra.   Foi considerado um dos maiores escritores e intelectuais europeus do Século XX e uma voz universal contra o totalitarismo.  Estudou em Tirana e Moscou e, depois de sofrer ameaças do regime comunista, exilou-se na França em 1990.  Aproveitou todas as oportunidades para atacar o regime em suas obras.  Recebeu muitos prêmios literários e foi nomeado várias vezes para o Nobel. 

 

A Lídia fez um resumo, registrando que o autor mata os personagens no primeiro capítulo. A história não poderia ser mais "down": um acidente de carro (táxi) mata o casal protagonista, a caminho do aeroporto de Viena. O motorista, que sobreviveu, é incapaz de explicar a causa do acidente. Sugere que estaria relacionado com a distração dele com o que viu (ou julgou ver) pelo retrovisor: uma tentativa de beijo dos dois. A crítica diz que "O Acidente", considerando a obra de Kadaré, é a exceção da exceção. Em nenhum de seus 45 romances, explorou de forma desvelada a relação entre um homem (Bessfort - albanês) e uma mulher (Rovena - Sérvia). O Autor confunde o leitor, pois nunca se sabe o que acontece realmente, ou é sonhado ou ainda, é apenas desejado. Além de várias aventuras sexuais entre figurantes esporádicos de outro ou do mesmo sexo. Não se consegue entender quem é realmente Bessfort... um diplomata? um defensor do antigo ou do atual regime?... Por que teme tanto o Tribunal de Haia? Perguntas com respostas apenas sugeridas. Também o epílogo é apenas sugerido... Lemos todo o livro para saber o mistério do acidente e encerramos sem saber. Foi o pior livro do autor, segundo a crítica. Livro confuso, do qual ninguém gostou.

 

Fez-se a votação e foi escolhido como melhor livro do ano, com maioria absoluta,  “O Pacto das Águas”.  Em segundo lugar, com um voto, “Em Agosto nos Vemos”.

 

Jantou-se, sempre muito boa a comida. Vinho branco e água, sobremesas compartilhadas.  Houve o amigo secreto, muito afetuoso.  A Lise, carinhosamente distribuiu biscoitos de Natal lindamente decorados, para as amigas. 

 

Foi tirada a foto. Conversou-se mais um pouco e foi marcada a reunião de março, para o dia 12/03, uma quarta-feira.  

 

Beijo às amigas, boas leituras, e até lá, Titina.

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

BOM DIA TRISTEZA - Françoise Sagan


Ata de nossa reunião de 06 de novembro de 

Hora: 19:15h 

Lugar: Restaurante MÜ, Rua Eudoro Berlinck, 260

Livro “Bom Dia Tristeza” de Françoise Sagan

Compareceram ao encontro 9 (nove) integrantes do clube: Cleo, Denise, Evelyn, Karen, Karin, Lídia, Lise, Suzana e Titina.

Enquanto degustávamos as entradas, cubos de camarão à milanesa com farinha panko, acompanhados de vinho branco conversamos sobre variados assuntos: filme A Substância, Demi Moore, Jane Fonda, beleza, envelhecimento,  Coppola, documentários, Quincy Jones, Celine Dion, casamento em Punta, e muito mais.

Falei sobre a escritora, Françoise Sagan, francesa, que viveu de 1935 a 2004. Conheceu o sucesso ainda garota quando, aos 18 anos, escreveu em sete semanas sua primeira e mais consagrada obra: Bonjour Tristesse (Bom dia, Tristeza), que só nos Estados Unidos vendeu um milhão de exemplares, e à qual se seguiram cerca de cinquenta obras, entre romances, peças teatrais e autobiografias. Foi amiga, entre outros, de Tennessee Williams, Orson Welles, François Mitterrand, Truman Capote, Ava Gardner, e de um dos maiores intelectuais de todos os tempos, o filósofo Jean-Paul Sartre, mas não havia mais nenhum deles ao seu lado na época de sua morte, aos 69 anos, afundada em dívidas, doente e solitária. 

A seguir, a Lídia resumiu o enredo. O romance se passa no litoral do mediterrâneo, nas férias de verão, que Cécile vai passar com o seu pai, (bom vivant) e Elsa, sua namoradinha da ocasião. A cativante Cécile, tem dezessete anos. Ao ficar livre das restrições sufocantes do internato onde estuda, Cécile e Raymond, seu pai viúvo ainda jovem e galanteador, tornam-se unha e carne. Com o casarão magnífico, o clima quente, e o mar Mediterrâneo a seus pés, Cécile desfruta dos momentos de espírito livre, assim como o pai, enquanto investe nas próprias aventuras sexuais com um estudante de direito alto e, às vezes, bonito.

Tudo são flores até que o seu pai, entediado, liga para Anne, que foi amiga de sua esposa e é madrinha de Cécile.  A visita da melhor amiga de sua falecida mãe perturba sua deliciosa desordem. O pai e Anne começam a namorar, ignorando a presença de Elsa. Anne é uma estilista consagrada e bem sucedida, que impõe naturalmente a sua presença e passa a exigir que Cécile estude para a prova de filosofia, que ficou pendente. E, quando Raymond anuncia que vai se casar de novo, com Anne, Cécile se dá conta de que sua liberdade será posta em xeque.  Fica infeliz com a decisão, não acreditando que o pai será feliz. Movimenta-se, então, para dificultar o relacionamento, sem saber que isso pode trazer trágicas consequências. O desfecho é o pior possível. O livro relata estilos de vida liberdade X libertinagem, irresponsabilidade, imaturidade e a falta de um exemplo de vida. O marcante do livro é a habilidade da autora de mostrar como funciona a cabeça de uma adolescente, seus pensamentos constantes, dúvidas, convicções e ações, que conduzem ao desfecho. É um livro sobre adolescência, amor e solidão, e teve, quando de seu lançamento, um impacto imediato em um mundo pós-guerra que estava em busca de novas formas de expressar emoções e a própria identidade.

Poucas integrantes do Clube (apenas 2) gostaram do livro.  O conteúdo foi avaliado, pela maioria, como fraco.  A qualidade da escrita, porém, foi admitida por todas.  Debateu-se um pouco, depois falou-se sobre o início do Clube, em 2011 e restou combinado que veríamos o filme “A Substância” para debate na última reunião do ano.

A seguir, passou-se ao jantar, muito bom, como sempre.  Os pedidos consistiram, principalmente, em atum selado, havendo outros pedidos, contudo, de acordo com as preferências de cada uma das integrantes do Clube.  Muitas sobremesas, repartidas, e, para beber, águas e vinho branco. 

Foi tirada a foto. Conversou-se mais um pouco sobre armênios, Espinoza, viagens, e vários outros assuntos.

Por fim, foi escolhido o livro “O Acidente” de Ismail Kadaré para o próxima reunião, marcada para o dia 10/12, segunda-feira, no MÜ.

Beijo às amigas, boas leituras, e até lá, Titina.