Por sugestão de uma amiga interessada em reunir o grupo e incentivar a leitura, criamos de forma bastante informal, um CLUBE DE LEITURA que está em plena atividade e já debate (outubro de 2011) seu quarto livro. Nossos encontros são mensais e  recheados de muitas discussões. Como não somos experts, muito menos críticos literários, debatemos os sentimentos que os livros nos proporcionam, o que tem se mostrado muito rico do ponto de vista do crescimento individual e da convivência coletiva fraterna.
         A criação deste Blog é para que registremos a trajetória do Clube. O nome TOSCANA, surge para homenagear  aquela região italiana que, após  uma viagem que fizemos ( entre 11 casais)  para visitá-la, em abril de 2011, ela ficou indelevelmente marcada nos nossos corações. Como a criação do CLUBE DE LEITURA,  decorreu da parceria desenvolvida naquela viagem, a continuidade  do convívio daquele grupo (hoje ampliado), também justifica a homenagem.
         Este  Blog, que é restrito às participantes do CLUBE DE LEITURA TOSCANA, poderá conter  toda espécie de comentários, sugestões e propostas referentes a livros (lidos ou não), filmes, músicas,  peças teatrais e/ou shows , sobre os quais queiramos compartir impressões.
Bem vindas amigas!

quarta-feira, 29 de junho de 2022

 Ata de nossa reunião de 21 de junho de 2022 


  

Hora: 19h  

Lugar: Restaurante Mandarinier Gastronomia, na Rua Alberto Tôrres, 228, Cidade Baixa 

Livro: Violeta, de Isabel Allende 

Compareceram a nossa reunião de junho nove integrantes do Clube: Cleo, Denise, Evelyn, Karin, Lídia, Lise, Malu, Suzana e Titina.   

Foi uma reunião bem alegre, com todas muito felizes em retomar as atividades do Clube, já com nossa segunda reunião do ano, depois da longa pandemia de Covid.  

Foram chegando as amigas, pontualmente, e, tão logo presentes todas as confirmadas, foi tirada a foto, mas uma vez na frente da delicada pintura na parede que existe no restaurante. 


A seguir, com o couvert, de pãezinhos e molho pesto, e vinho Chardonnay, se iniciou a reunião.  Tendo perdido o hábito, esqueci que me cabia fazer um breve resumo da vida e obra da escritora de Violeta.  Por sorte, tratava-se da Isabel Allende, que todas conhecem bem, acompanhando a sua vida, restando, por assim, dispensável a minha explanação a respeito. 

Nossa presidente, ciente de seus compromisso (hehe), apresentou um breve resumo do livro.  Trata-se de um romance em que narrada a história de uma personagem fictícia, Violeta Del Valle, mulher que nasceu durante a pandemia de gripe espanhola, no início do século XX, em 1920, tendo vivido 100 anos, até o mundo enfrentar nova pandemia, de Covid.  Violeta nasceu em um dia tempestuoso de 1920, a primeira menina em uma família com cinco filhos, após a 1ª Guerra Mundial e quando a gripe espanhola chegou ao seu país, que não   é identificado diretamente, mas que se trata de um país situado na America do Sul.   Da narrativa se depreende tratar-se do Chile, país da escritora.  Pode-se, ainda, encontrar varias semelhanças entre a vida de Violeta e de Isabel Allende, o que permite que se tenha o livro como um pouco autobiográfico.  

A família de Violeta superou a crise causada pela 1ª Guerra Mundial mas,  a seguir, sucumbiu na Grande Depressão, o que transformou a vida de Violeta. Sua família perdeu tudo e foi forçada a se mudar para uma parte mais remota do país, onde ela cresceu e casou-se pela primeira vez. 

A história é toda narrada como se fosse uma carta destinada à pessoa que Violeta  mais ama nessa vida, cuja identidade só é divulgada no final:  seu neto Camilo. Nessas cartas Violeta conta suas decepções e casos amorosos, momentos de pobreza e riqueza, terríveis perdas e imensas alegrias, sempre permeando grandes eventos da história: a luta pelos direitos das mulheres, a ascensão e queda de tiranos e, em última análise, não uma, mas duas pandemias. 

O livro não encerra grandes polêmicas mas, através dele, se tem um panorama do século XX e de seus costumes.  Nossa presidente lembrou o valor que  Salman Rushdie  atribui à literatura,  no sentido de que seja a partir dela que se pode conhecer os hábitos, os costumes e toda a cultura de um povo:  “É na literatura que encontramos a experiência de mundo mais próxima, que podemos reconhecer respostas para nossas curiosidades sobre outros lugares”. 

O livro foi muito apreciado, e traz um grande panorama do século XX, da evolução do direito das mulheres, das dificuldades e costumes da época.  Algumas integrantes do nosso clube não leram, como confessaram, as coisas ainda estão tomando ritmo como se pode constatar, e deve-se insistir no cultivo do habito da leitura. 

Não havia polêmica, contudo, então não ensejou grandes debates, mas apenas comentários de todas. 

Jantamos creme de ervilha e espinafre, com creme azedo, bacon e hortelã, bobó de camarão com arroz branco e farofa com coco e, de sobremesa torta de chocolate meio amargo, avelãs e sorvete de framboesa.  Bebemos vinho branco, água e, por fim, cafezinho para algumas. 

Foi votado Sidharta de Hermann Hesse, em uma apertada vitória sobre Cordilheira, de Daniel Galera, e Véspera, de Carla Madeira. 

Por fim, ficou agendada nossa próxima reunião para o dia 27 de julho, quarta-feira. 

Até lá, meninas, boas leituras para todas! 

Titina.