A ridícula ideia de nunca mais te ver - Rosa Montero
Ata de nossa reunião de 13 de dezembro de 2023
Hora: 19h
Lugar: Restaurante Ratskeller, Av. Pará, 1324
Livro: A ridícula ideia de nunca mais te ver, de Rosa Montero
Nosso encontro se deu em uma sala reservada no tradicional Restaurante Ratskeller, especializado em comida alemã.
Compareceram ao encontro 9 (nove) integrantes do clube: Andrea, Cleo, Denise, Evelyn, Karin, Lídia, Malu, Suzana e Titina. A presença da Andrea, ausente das reuniões ao longo do ano, surpreendeu e alegrou todas as amigas. As ausência, como sempre, foram lamentadas.
Iniciou-se a reunião com conversas das amigas sobre assuntos gerais. Muito gerais nessa reunião. Falou-se de religião, judaísmo, viagens, surpresas de Natal, séries, futebol, celebridades, presentes de Natal adiantados, lentes de contato, amores, traições, histórias, homens e mulheres, e outros assuntos ainda, muito variados. Foi muito interessante, como sempre, e divertida a conversa!
Tiramos a tradicional fotografia do grupo, e escolhemos um drink, para algumas, e vinho branco, para outras, assim como um farto couvert, característico do restaurante, de aperitivo.
A seguir, falei sobre a autora, Rosa Montero, uma renomada escritora de muito destaque na literatura contemporânea espanhola. Rosa Montero tem 72 anos e ganhou muitos prêmios literários. Vem sendo traduzida para vários países. Este ano, esteve no Fronteiras do Pensamento, abrindo o ciclo de conferências.
A seguir, Lidia falou sobre o livro. É um livro de uma mulher, falando da vida de outra mulher, Marie Curie, e de sua própria vida. A autora entrelaça suas memórias com os diários de Marie Curie para tratar de perda, do luto, e da condição feminina. Madame Curie, como ficou conhecida, perdeu seu marido e companheiro de pesquisas e prêmios, Pierre Curie, em abril de 1906, atropelado por uma charrete. Um século depois, em 2009, Rosa Montero perde Pablo, seu companheiro de 21 anos, vítima de câncer. O livro trata do pioneirismo, do luto vivido por elas e da ressignificação de ambas. Marie Curie nasceu na Polônia, e foi a primeira mulher a ganhar o prêmio Nobel, e a única a receber dois prêmios em áreas distintas da ciência – física e química. O feito é extraordinário, seja pela contribuição à ciência, seja pelo fato de Madame Curie conseguir obter a premiação sendo mulher, em uma época em que as mulheres não eram valorizadas (hoje já seriam?). Depois, registre-se, a sua filha logrou também ser premiada com o Nobel do química, com o seu marido. O relato de Rosa Montero humaniza a trajetória de Madame Curie (1867-1934) sempre tratada pelo prisma da excepcionalidade. A partir da leitura dos diários da cientista, a autora busca mostrar que os cientistas não são só seres neutros, objetivos, e racionais. A história da Madame Curie é fascinante! Lutou por seus objetivos, trabalhava com garra, e foi muito resiliente em enfrentar o machismo, mesmo quando diminuída e invalidada por ser mulher. O custo de tudo isso foi a agressão ao seu próprio corpo. A radioatividade a deixou cega; fez quatro cirurgias de catarata; teve graves lesões nas mãos. Por fim, morreu aos 66 anos de uma anemia perniciosa, causada pela radiação.
Todas gostaram muito do livro! Foi uma obra que trouxe informações, lidou com a morte, a vida, o legado. O título do livro foi também muito elogiado.
A seguir foi votado o livro do ano, vencendo Tróia, da Cláudio Moreno!
Jantamos, pratos alemães, muito apreciados. E dividimos as sobremesas, também deliciosas.
Ao final, foi sorteado o amigo secreto. Alguns presentes, maravilhosos (caftan, blusa, vinho, azeite), e alguns livros, escolhidos com carinho. Todas gostaram dos presente recebidos.
Por fim, e depois de muita conversa ainda, findou-se uma reunião muito alegre, encerrando-se mais um ano literário.
Bjo a todas, feliz Natal e feliz 2024, Titina.