Por sugestão de uma amiga interessada em reunir o grupo e incentivar a leitura, criamos de forma bastante informal, um CLUBE DE LEITURA que está em plena atividade e já debate (outubro de 2011) seu quarto livro. Nossos encontros são mensais e  recheados de muitas discussões. Como não somos experts, muito menos críticos literários, debatemos os sentimentos que os livros nos proporcionam, o que tem se mostrado muito rico do ponto de vista do crescimento individual e da convivência coletiva fraterna.
         A criação deste Blog é para que registremos a trajetória do Clube. O nome TOSCANA, surge para homenagear  aquela região italiana que, após  uma viagem que fizemos ( entre 11 casais)  para visitá-la, em abril de 2011, ela ficou indelevelmente marcada nos nossos corações. Como a criação do CLUBE DE LEITURA,  decorreu da parceria desenvolvida naquela viagem, a continuidade  do convívio daquele grupo (hoje ampliado), também justifica a homenagem.
         Este  Blog, que é restrito às participantes do CLUBE DE LEITURA TOSCANA, poderá conter  toda espécie de comentários, sugestões e propostas referentes a livros (lidos ou não), filmes, músicas,  peças teatrais e/ou shows , sobre os quais queiramos compartir impressões.
Bem vindas amigas!

terça-feira, 18 de julho de 2023

Flores para Algernon - Daniel Keyes




 Ata de nossa reunião de 28 de junho de 2023

 

 

Hora: 19h 
Lugar: Koh Pee Pee, na Schiller, 83, Moinhos de Vento

Livro: Flores para Algernon, de Daniel Keyes


Nossencontro se deu no Restaurante Koh PeePee, de comida tailandesa.  Fomos instaladas em uma mesa grande, no andar superior, em uma sala reservada.  Todas gostamos muito do lugarrestaurante já conhecido e frequentado pelas integrantes do Clube, e sempre muito apreciado.  A sugestão foi da Lise e a reserva  realizada pela Cleo, que conseguiu para a reunião uma mesa grande em um espaço reservado do estabelecimento.

 

Compareceram 8 (oito) integrantes: CléoDenise, Evelyn, Karin, LidiaLise, Suzana e Titina

 

Todas chegamos cedo, algumas antes de abrir o restaurante, inclusive. Começamos o encontro conversando muito sobre moda, maquiagem, compras em viagens, festas, casamentos recentes, e outros assuntos bem divertidos, tomando vinho Chadornnay

 

Falei sobre o escritor, Daniel Keyesnascido em Nova York, em 1927, e falecido em 2014, com 86 anos.  A sua principal obra é “Flores para Algernon”, justamente, que é utilizada como leitura obrigatória dos estudantes nos Estados Unidos. 

 

A seguir, a Lídia comentou o romance, que conta a vida de Charlie, um homem de 32 anos, com QI baixo, de 68, que trabalha em uma padaria, ganhando 11 dólares por semana e que se submete a uma cirurgia revolucionária, que promete aumentar a sua inteligência. Ao realizar testes, Charlie disputa com Algernon, um rato, já submetido à cirurgia, na composição de um quebra-cabeças, e é derrotado.  Ao reconhecer a superioridade do rato, que lhe provoca raiva, concorda em realizar a cirurgia, para se tornar inteligente. A cirurgia é um sucesso.  A narrativa do livro é de um diário - proposta perfeita do autor  - e acompanhamos as características emocionais do Charlie antes da cirurgia, quando ele sofria abuso emocional por parte de sua família,  e, a seguir , de seus colegas de padaria, sem ter consciência.  Ele não sofre, mas nós, os leitores, sofremos.  A cirurgia permite que ele perceba tudo o que lhe aconteceu e acontece.  Ao tornar-se inteligente, passa a disputar os espaços em igualdade e constata a mediocridade de seus colegas de padaria, família, etc. O sucesso da cirurgia, que depois percebe ser temporário, o afasta das pessoas próximas.  Após a operação, Charlie passa a ver Algernon como um companheiro, alguém que entenderia o que ele está vivendo e que antecipa o que lhe acontecerá.  Tudo que acontece com Algernon, a seguir acontece com Charlie.  

 

O livro foi muito apreciado por todas.  Criou-se uma empatia com Charlie.  Antes da cirurgia, sofremos com os abusos que sofria.  Após, sofremos com a sua dificuldade de adaptação à hipocrisia e dissimulação da  humanidade e o afastamento de seu “mundo” que decorre da aquisição de inteligência.  Quando Charlie ficou “inteligente” desacomodou as relações que tinha com todos.  Através de flashes de memória, após a cirurgia, conhecemos os traumas de infância do personagem.  As experiências que viveu foram chocantes e se refletem diretamente no seu desenvolvimento emocional.  Tanto as lembranças do passado, como os acontecimentos do presente do Charlie são muito tristes.  A narrativa, por meio dos diários, nos faz observar o mundo pelos olhos do personagem, que inicia escrevendo com graves erros de ortografia e de concordância, e com vocabulário bem restrito, e vai evoluindo de acordo com os progressos que obtém depois da cirurgia.  O autor consegue, pela escrita, demonstrar a evolução e, no final, involução, de Charlie na capacidade de interpretar o mundo e as coisas. Charlie espera ficar inteligentes através da acumulação de conhecimentos, mas a cirurgia permite que ele acesse todos os locais de sua mente, até antes inacessíveis, concluindo como a sua vida foi miserável.

 

Houve bastante debate, o livro foi muito apreciado e, até, apontado por várias amigas como o melhor livro já lido no nosso Clube de Leitura. Algumas integrantes do Clube, contudo, não leram o livro, o que deve ser registrado, até para incentivar que sempre seja lido o livro escolhido (rsrsrs).

 

Foi comentado, a seguir o livro recém lançado por Ilze Scamparinijornalista, correspondente da Rede Globo nas Itália“Atirem no Meu Coração”.  Foi comentado como sugestão de leitura para os próximos meses.   Para julho já havia sido escolhido em maio o livro de Miguel de Souza Tavares “Último Olhar”.

 

A seguir, tiramos a foto, e passamos ao jantar, a lacarte desta vez, com escolhas individuais de pratos tailandeses, deliciosos, por cada integrante do Clube. 

 

Por fim, foi marcada a próxima data de reuniãopara o dia 26/07uma quarta-feira.  Ao longo do mês, registre-se, a reunião foi adiada para a quarta-feira seguinte, dia 02/08.

 

Bjo a todasTitina.