Ata de nossa reunião de 16 de setembro de 2024
Hora: 19:15h
Lugar: Restaurante MÜ, Rua Eudoro Berlinck, 260
Livro “Deus na Escuridão”, de Walter Hugo Mãe
Compareceram ao encontro 8 (oito) integrantes do clube: Cleo, Evelyn, Karen, Karin, Lídia, Lise, Suzana e Titina.
Enquanto degustávamos as entradas, tempura de camarão e ceviche, conversamos sobre variadosassuntos: moda (sempre), roupas não descartáveis, casamentos, cremes para a pele, etc.
Nem falei sobre o autor, Valter Hugo Mãe, porque já é bem conhecido das integrantes do clube. Valter Hugo Mãe é o nome artístico do escritor português Valter Hugo Lemos, nascido em Angola, em 25 de setembro de 1971 e que, além de escritor, é editor, artista plástico, apresentador de televisão e cantor. Já lemos outra obra dele no passado, bem apreciada no Clube.
A seguir, a Lídia resumiu o enredo. Trata-se de um romance profundo sobre o amor fraterno e a necessidade de cuidar de alguém. Pouquinho (Serafim) e Felicíssimo (Paulinho), com seus pais, vivem nas alturas em uma casa incrustrada na rocha íngreme, na comunidade de Buraco da Caldeira, na Ilha da Madeira. Naquela natureza indomável, numa paisagem legendária e com uma fé imensurável é que, na labuta diária, passam seus dias. Um amor sublime os envolve.
Pouquinho nasceu “sem as origens”, uma condição física que era tida na comunidade como algo entre o estranho e o santificado. Nasceu inteirinho mas “mordido entre as pernas”, uma criança abreviada. Felicíssimo assumiu o cuidado do irmão caçula como um dever, mas também como um ato de amor. Felicíssimo jurou proteger o irmão de todos os males do mundo e exerceu a missão ao longo de sua vida não como uma obrigação, mas como um ato supremo de amor incondicional O livro explora a ideia de que amar se constitui em um sentimento que se exerce na “escuridão”, ali sempre presente. O livro é um manifesto à lealdade e resiliência.
O autor escreve com muitas expressões regionais o que dificultou o entendimento de alguns trechos, até metafóricos (como por exemplo as Repetidas, da Senhora Baronesa do Capitão). Utilizou-se de uma escrita poética e figurativa, brincando com as palavras e os nomes dos personagens. A leitura resulta menos fluída, exigindo um grau maior de concentração.
As leitoras avaliaram o livro como profundo, bonito, mas não muito apreciado. Apenas três integrantes do Clube gostaram, efetivamente, do livro. Ainda assim, concluiu-se que foi bom ter lido a obra, embora não tenha sido tão agradável a leitura em razão das expressões regionais intraduzíveis.
A seguir, passou-se ao jantar nesse restaurante muito bonito, recentemente inaugurado. Tudo muito bom. Os pedidos consistiram, basicamente, em sushi, polvo, e atum, de acordo com as preferências de cada uma das integrantes do Clube. Sobremesa repartida e, para beber, águas e vinho branco. Falou-se de series, filmes, postos de gasolina, e outros assuntos culturais (como sempre, hehe)
Por fim, foi mantida a escolha do livro “Os Amantes de Casablanca” de Tahar Ben Jelloun, para a reunião subsequente e marcada a próxima reunião para o dia 08 de outubro, uma terça-feira, no Restaurante Um Bar&Cozinha, (chef Carlos Kristensen), situado na Av. Mariland, 1388, esquina Anita Garibaldi (junto à loja Grand Cru Vinhos). Ao longo do mês, contudo, foi alterado o local da reunião de outubro, que restou marcada para o mesmo restaurante de setembro, o Mü.
Beijo às amigas, e até lá, Titina.
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