Ata de nossa reunião de 06 de novembro de
Hora: 19:15h
Lugar: Restaurante MÜ, Rua Eudoro Berlinck, 260
Livro “Bom Dia Tristeza” de Françoise Sagan
Compareceram ao encontro 9 (nove) integrantes do clube: Cleo, Denise, Evelyn, Karen, Karin, Lídia, Lise, Suzana e Titina.
Enquanto degustávamos as entradas, cubos de camarão à milanesa com farinha panko, acompanhados de vinho branco conversamos sobre variados assuntos: filme A Substância, Demi Moore, Jane Fonda, beleza, envelhecimento, Coppola, documentários, Quincy Jones, Celine Dion, casamento em Punta, e muito mais.
Falei sobre a escritora, Françoise Sagan, francesa, que viveu de 1935 a 2004. Conheceu o sucesso ainda garota quando, aos 18 anos, escreveu em sete semanas sua primeira e mais consagrada obra: Bonjour Tristesse (Bom dia, Tristeza), que só nos Estados Unidos vendeu um milhão de exemplares, e à qual se seguiram cerca de cinquenta obras, entre romances, peças teatrais e autobiografias. Foi amiga, entre outros, de Tennessee Williams, Orson Welles, François Mitterrand, Truman Capote, Ava Gardner, e de um dos maiores intelectuais de todos os tempos, o filósofo Jean-Paul Sartre, mas não havia mais nenhum deles ao seu lado na época de sua morte, aos 69 anos, afundada em dívidas, doente e solitária.
A seguir, a Lídia resumiu o enredo. O romance se passa no litoral do mediterrâneo, nas férias de verão, que Cécile vai passar com o seu pai, (bom vivant) e Elsa, sua namoradinha da ocasião. A cativante Cécile, tem dezessete anos. Ao ficar livre das restrições sufocantes do internato onde estuda, Cécile e Raymond, seu pai viúvo ainda jovem e galanteador, tornam-se unha e carne. Com o casarão magnífico, o clima quente, e o mar Mediterrâneo a seus pés, Cécile desfruta dos momentos de espírito livre, assim como o pai, enquanto investe nas próprias aventuras sexuais com um estudante de direito alto e, às vezes, bonito.
Tudo são flores até que o seu pai, entediado, liga para Anne, que foi amiga de sua esposa e é madrinha de Cécile. A visita da melhor amiga de sua falecida mãe perturba sua deliciosa desordem. O pai e Anne começam a namorar, ignorando a presença de Elsa. Anne é uma estilista consagrada e bem sucedida, que impõe naturalmente a sua presença e passa a exigir que Cécile estude para a prova de filosofia, que ficou pendente. E, quando Raymond anuncia que vai se casar de novo, com Anne, Cécile se dá conta de que sua liberdade será posta em xeque. Fica infeliz com a decisão, não acreditando que o pai será feliz. Movimenta-se, então, para dificultar o relacionamento, sem saber que isso pode trazer trágicas consequências. O desfecho é o pior possível. O livro relata estilos de vida liberdade X libertinagem, irresponsabilidade, imaturidade e a falta de um exemplo de vida. O marcante do livro é a habilidade da autora de mostrar como funciona a cabeça de uma adolescente, seus pensamentos constantes, dúvidas, convicções e ações, que conduzem ao desfecho. É um livro sobre adolescência, amor e solidão, e teve, quando de seu lançamento, um impacto imediato em um mundo pós-guerra que estava em busca de novas formas de expressar emoções e a própria identidade.
Poucas integrantes do Clube (apenas 2) gostaram do livro. O conteúdo foi avaliado, pela maioria, como fraco. A qualidade da escrita, porém, foi admitida por todas. Debateu-se um pouco, depois falou-se sobre o início do Clube, em 2011 e restou combinado que veríamos o filme “A Substância” para debate na última reunião do ano.
A seguir, passou-se ao jantar, muito bom, como sempre. Os pedidos consistiram, principalmente, em atum selado, havendo outros pedidos, contudo, de acordo com as preferências de cada uma das integrantes do Clube. Muitas sobremesas, repartidas, e, para beber, águas e vinho branco.
Foi tirada a foto. Conversou-se mais um pouco sobre armênios, Espinoza, viagens, e vários outros assuntos.
Por fim, foi escolhido o livro “O Acidente” de Ismail Kadaré para o próxima reunião, marcada para o dia 10/12, segunda-feira, no MÜ.
Beijo às amigas, boas leituras, e até lá, Titina.
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