Por sugestão de uma amiga interessada em reunir o grupo e incentivar a leitura, criamos de forma bastante informal, um CLUBE DE LEITURA que está em plena atividade e já debate (outubro de 2011) seu quarto livro. Nossos encontros são mensais e  recheados de muitas discussões. Como não somos experts, muito menos críticos literários, debatemos os sentimentos que os livros nos proporcionam, o que tem se mostrado muito rico do ponto de vista do crescimento individual e da convivência coletiva fraterna.
         A criação deste Blog é para que registremos a trajetória do Clube. O nome TOSCANA, surge para homenagear  aquela região italiana que, após  uma viagem que fizemos ( entre 11 casais)  para visitá-la, em abril de 2011, ela ficou indelevelmente marcada nos nossos corações. Como a criação do CLUBE DE LEITURA,  decorreu da parceria desenvolvida naquela viagem, a continuidade  do convívio daquele grupo (hoje ampliado), também justifica a homenagem.
         Este  Blog, que é restrito às participantes do CLUBE DE LEITURA TOSCANA, poderá conter  toda espécie de comentários, sugestões e propostas referentes a livros (lidos ou não), filmes, músicas,  peças teatrais e/ou shows , sobre os quais queiramos compartir impressões.
Bem vindas amigas!

terça-feira, 2 de julho de 2013

Reunião de 26/06/2013- A Trégua / Barbazul


Desde que conheci o House Café Bistrô, em maio,  imaginei como seria legal fazer ali uma reunião do Clube de Leitura Toscana. Um lugar acolhedor, simpático, bem feitinho, com uma chef querida e  competente, louca para agradar e que recebe como se estivesse em casa. Assim foi feito: Separaram um andar inteiro pra nós, decoraram a mesa de modo primoroso nos serviram com carinho as delícias da Ana
Celina.
Nós, A Trégua e Ana Celina
Com a chegada das companheiras, começamos a discutir  A Trégua do uruguaio Mario Benedetti. Não houve, pela historia do livro, muita empolgação. O protagonista era um coitado, sem ambição e com muito pouca sorte, segundo a Evelyn… Porém todas apreciaram a capacidade do autor de descrever com objetividade e clareza, quase crueza, numa narrativa perfeita, sem exageros de descrição.

Conversamos bastante sobre o livro, o que deixou a Suzana contente,  -“ desde  A Camareira não esmiuçávamos tanto as personagens”, foi o comentário dela.  O Martin Santomé, não agradou muito, embora tenhamos achado que ele foi um bom pai, era honesto, discreto, nada além disso. A grande conclusão foi pescada pela nossa convidada especial: Elena. Ela, que é psicóloga, veio ao encontro para nos auxiliar
na discussão do capítulo Barbazul de Mulheres que Correm com os Lobos. Então, como eu ia dizendo, Elena diagnosticou a depressão de Santomé e conseguiu explicar porque todas nós relatávamos a falta de apego a leitura da obra, a tristeza que nos vinha enquanto conhecíamos a sua história e testemunhávamos sua apatia e conformação .

Eu falei do meu pai, Karen contou do seu,  Evelyn entregou o dela também. Arletinha deu risada, pois o seu progenitor, mesmo tendo passado pela viuvez precoce, se saiu bem... Enfim, chegamos a coclusão de que nosso “ herói” se virou como pode...o tendo feito sem inspiração e brilhantismo, levado pelas circunstâncias. A única faísca de felicidade que o pré- aposentado encontrou foi a jovem Avellaneda, por quem se apaixonou (Suzana lembrou de Saramago que só conheceu o amor aos 65 anos com Pillar), mas a garota morre e tudo volta a mesmice de sempre.  Finalizando este debate, Titina falou sobre o autor que é muito reconhecido principalmente na América Latina.
Denise, Elena com Mulheres que Correm com os Lobos e eu.

Enfim, sob a batuta da nossa presidente, partimos para a  apreciação do Barbazul. Ainda bem que tínhamos nossa pocket psicóloga a mão, pois a leitura e interpretação deste texto de Clarissa Pinkola é tão difícil e pesado quanto o prefácio e o primeiro capítulo que já havíamos analisado. Na realidade, Denise esperava ansiosa por este momento, os conhecimentos interpretativos da nossa colega são tão adequados que ela parece uma conselheira da autora, ou vice-versa. Elena, pelo seu lado tentava decodificar os simbolismos , esclarecer os pensamentos, tornar mais práticas as assimilações. Teve sucesso, mas foi constantemente seguida de perto por Denisinha que a interpelava de contínuo.

Estávamos sem a Cléo, Lise e Malu, isto nos trouxe , sem dúvida, prejuízo, pois são companheiras  que amam as discussões profundas. O que não houve foi muita divergência. O máximo foi definir quem entraria no quarto proibido e quem não o faria. Nos dividimos em obedientes e sapecas… As que se arriscariam e as que se preocupariam com o lícito, deixando o desafiador pra lá.


Karin chega com toda a energia! Com seu lindo sorriso, enche a sala e ainda consegue saborear o delicioso risoto de camarão com folhas de ouro. Ela tinha um curso e chegou quase no finalzinho.

A este ponto já estávamos por decider o próximo livro, e a próxima data. Enquanto a Lídia tentava conciliar os interesses da viajante que vos escreve com as demais, Karen puxou a brasa pro seu lado, não querendo abrir mão de uma reunião por mês! Vários foram os possos e não possos, mas ficou resolvido dia 5 de agosto, na casa da Cléo . A próxima obra que nos fará companhia será O Silêncio das Montanhas de Khaled Hosseini.


 Bjs a todas! 
Andrea

2 comentários:

Lidia Woida disse...

Meninas!
Fiquei emocionada com o "registro" da Andréa, cuja presença nas reuniões, além da participação, se faz cada vez mais necessária,para que as atividades do Clube de Leitura Toscana fiquem registradas nos anais da História.
Esta "ata/crônica", ilustrada com fotos, foi brilhante!!! Obrigada!
Meninas, outra emoção: NOSSO BLOG JÁ TEM 3.356 ACESSOS!
Vejam a nossa responsabilidade!
Também me surgiu a idéia de que poderíamos, no próximo encontro, discutir a publicação das nossas "atas/registros/crônicas"...
Que acham?!! (com a autorização das autoras, obviamente)
Beijos!
Lidia

Andrea Taffarel disse...

Presidente,
que alegria ter agradado!
Estamos trilhando um caminho cheio de aventuras que cruzam o que lemos com o que vivemos, e o mais importante: FAZENDO ISTO JUNTAS!
Viva o nosso Clube!
Beijo,
Andrea