Desde que conheci o
House Café Bistrô, em maio, imaginei como seria legal fazer ali uma
reunião do Clube de Leitura Toscana. Um lugar acolhedor, simpático, bem
feitinho, com uma chef querida e competente, louca para
agradar e que recebe como se estivesse em casa. Assim foi feito: Separaram um andar inteiro pra
nós, decoraram a mesa de modo primoroso nos serviram com carinho as delícias da
Ana
Celina.
Nós, A Trégua e Ana Celina |
Com a chegada das
companheiras, começamos a discutir A Trégua do uruguaio Mario Benedetti. Não
houve, pela historia do livro, muita empolgação. O protagonista era um
coitado, sem ambição e com muito pouca sorte,
segundo a Evelyn… Porém todas apreciaram a capacidade do autor de descrever com
objetividade e clareza, quase crueza, numa narrativa perfeita, sem exageros de descrição.
Conversamos bastante
sobre o livro, o que deixou a Suzana contente, -“ desde A Camareira
não esmiuçávamos tanto as personagens”, foi o comentário dela. O Martin
Santomé, não agradou muito, embora tenhamos achado que ele foi um bom pai, era
honesto, discreto, nada além disso. A grande conclusão foi pescada pela nossa
convidada especial: Elena. Ela, que é psicóloga, veio ao encontro para nos
auxiliar
na discussão do
capítulo Barbazul de Mulheres que Correm com os Lobos. Então, como eu ia dizendo,
Elena diagnosticou a depressão de Santomé e conseguiu explicar porque todas nós
relatávamos a falta de apego a
leitura da obra, a tristeza que nos vinha enquanto conhecíamos a sua história e
testemunhávamos sua apatia e conformação .
Eu falei do meu pai,
Karen contou do seu, Evelyn entregou o dela também. Arletinha deu risada,
pois o seu progenitor, mesmo tendo passado pela viuvez precoce, se saiu bem...
Enfim, chegamos a coclusão de que nosso “ herói” se virou como pode...o tendo
feito sem inspiração e brilhantismo, levado pelas circunstâncias. A única
faísca de felicidade que o pré- aposentado encontrou foi a jovem Avellaneda, por
quem se apaixonou (Suzana lembrou de Saramago que só conheceu o amor aos 65 anos
com Pillar), mas a garota morre e tudo volta a mesmice de sempre. Finalizando este debate, Titina falou sobre o
autor que é muito reconhecido principalmente na América Latina.
Denise, Elena com Mulheres que Correm com os Lobos e eu. |
Enfim, sob a batuta da
nossa presidente, partimos para a apreciação do Barbazul. Ainda bem que
tínhamos nossa pocket psicóloga a mão, pois a leitura e interpretação deste
texto de Clarissa Pinkola é tão difícil e pesado quanto o prefácio e o primeiro
capítulo que já havíamos analisado. Na realidade, Denise esperava ansiosa por
este momento, os conhecimentos interpretativos da nossa colega são tão
adequados que ela parece uma conselheira da autora, ou vice-versa. Elena, pelo
seu lado tentava decodificar os simbolismos , esclarecer os pensamentos, tornar
mais práticas as assimilações. Teve sucesso, mas foi constantemente seguida de
perto por Denisinha que a interpelava de contínuo.
Estávamos sem a Cléo,
Lise e Malu, isto nos trouxe , sem dúvida, prejuízo, pois são companheiras que amam as discussões profundas. O que não
houve foi muita divergência. O máximo foi definir quem entraria no quarto
proibido e quem não o faria. Nos dividimos em obedientes e sapecas… As que se
arriscariam e as que se preocupariam com o lícito, deixando o desafiador pra
lá.
Karin
chega com toda a energia! Com seu lindo sorriso, enche a sala e ainda consegue
saborear o delicioso risoto de camarão com folhas de ouro. Ela tinha um curso
e chegou quase no finalzinho.
A este ponto já
estávamos por decider o próximo livro, e a próxima data. Enquanto a Lídia
tentava conciliar os interesses da viajante que vos escreve com as demais,
Karen puxou a brasa pro seu lado, não querendo abrir mão de uma reunião por mês!
Vários foram os possos e não possos, mas ficou resolvido dia 5 de agosto, na casa da Cléo . A
próxima obra que nos fará companhia será O Silêncio das Montanhas de Khaled Hosseini.
2 comentários:
Meninas!
Fiquei emocionada com o "registro" da Andréa, cuja presença nas reuniões, além da participação, se faz cada vez mais necessária,para que as atividades do Clube de Leitura Toscana fiquem registradas nos anais da História.
Esta "ata/crônica", ilustrada com fotos, foi brilhante!!! Obrigada!
Meninas, outra emoção: NOSSO BLOG JÁ TEM 3.356 ACESSOS!
Vejam a nossa responsabilidade!
Também me surgiu a idéia de que poderíamos, no próximo encontro, discutir a publicação das nossas "atas/registros/crônicas"...
Que acham?!! (com a autorização das autoras, obviamente)
Beijos!
Lidia
Presidente,
que alegria ter agradado!
Estamos trilhando um caminho cheio de aventuras que cruzam o que lemos com o que vivemos, e o mais importante: FAZENDO ISTO JUNTAS!
Viva o nosso Clube!
Beijo,
Andrea
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