Por sugestão de uma amiga interessada em reunir o grupo e incentivar a leitura, criamos de forma bastante informal, um CLUBE DE LEITURA que está em plena atividade e já debate (outubro de 2011) seu quarto livro. Nossos encontros são mensais e  recheados de muitas discussões. Como não somos experts, muito menos críticos literários, debatemos os sentimentos que os livros nos proporcionam, o que tem se mostrado muito rico do ponto de vista do crescimento individual e da convivência coletiva fraterna.
         A criação deste Blog é para que registremos a trajetória do Clube. O nome TOSCANA, surge para homenagear  aquela região italiana que, após  uma viagem que fizemos ( entre 11 casais)  para visitá-la, em abril de 2011, ela ficou indelevelmente marcada nos nossos corações. Como a criação do CLUBE DE LEITURA,  decorreu da parceria desenvolvida naquela viagem, a continuidade  do convívio daquele grupo (hoje ampliado), também justifica a homenagem.
         Este  Blog, que é restrito às participantes do CLUBE DE LEITURA TOSCANA, poderá conter  toda espécie de comentários, sugestões e propostas referentes a livros (lidos ou não), filmes, músicas,  peças teatrais e/ou shows , sobre os quais queiramos compartir impressões.
Bem vindas amigas!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

REUNIÃO DO DIA 28/08/2013 - A MUDANÇA




Todo mundo já ouviu a expressão "fazer do limão, uma limonada", no caso deste livro, do fruto murcho, fizemos uma deliciosa torta de limão!!! Nossa! Que crítica mordaz...O que fazer? A Mudança, do chinês Mo Yan, deixou muito a desejar. Talvez, porque pensássemos ter mas mãos uma pequena pérola do Prêmio Nobel de Literatura. Provavelmente, porque lemos a história quase biográfica, esperando por um final que desse sentido à sucessão de fatos meio sem graça da vida do autor. Certamente, porque depois de Hosseini, Mo nos deixou com a sensação de ter lido uma crônica alongada (definição da Karen), de uma história vista superficialmente, sem posicionamento e cujo fim, não trouxe satisfação ou surpresa.

Mas vamos a nossa deliciosa reunião, a torta! O cenário é a casa da Arletinha. Lindo arranjo floral para receber as amigas do Clube de Leitura Toscana, petiscos de ótimo gosto e bebidas na mesa de centro e convidadas relaxadas, ouvindo da Titina a apresentaçäo o autor. O chinês, cuja trajetória nós conhecemos um pouco através do livro, é representante do Realismo Fantástico, e comparado a Garcia Marques. Segundo nossa Presidente, contou, na vida de seu amigo He Zhiwu, personagem que era o alter ego do autor, a história da China nos últimos 50 anos. O que porém, não acontece é o peso do julgamento, da tomada de posição, tudo é muito sutil. Cléo disse que a obra não lhe acrescentou nada, Lise considerou sem sal, bobo, enquanto Denise - que estava dodói e portanto mais quieta- caracterizou como infantil, a narrativa de Mo Yan.

Diante de tanta insatisfação, surge dentro do grupo uma insurreição, encabeçada pela Evelyn, que lamenta não termos escolhido ler Clarice Lispector. Evy cita vários intelectuais que têem contos da autora na cabeceira e, ao mesmo tempo em que Cléo, Suzana e Titina, se animavam na contestação, nossa Lidinha intervém, lembrando que a escolha de "A Mudança" foi votada e, sendo assim, não era justo o questionamento. A Lispector e sua barata deveriam esperar...Agora era a vez de Mo e seu Gaz 51

Sempre aprimorando a receita da nossa torta, Suzana nos leu uma matéria da ZH com declarações do escritor José Castello, durante a Jornada de Literatura de Passo Fundo. O biógrafo, cronista, crítico e professor ressaltou a particularidade de autores como Guimarães Rosa, Clarice Lispector e José Saramago, que se tornam inconfundíveis por seus estilos totalmente singulares. Mas, segundo Castello, existe uma tendência de internacionalização da literatura brasileira, imposta pelos editores que interpretam a tendência do mercado que deseja um texto médio, leve, rápido, em resumo, mais vendável. Cléo aproveita a deixa e comenta matéria da Veja, onde Lobão declara que o mesmo vem acontecendo com a música .


Arlete levanta e volta a sentar continuamente. Está preocupada com as bebidas, com a mesa, com a cozinha...Porém ainda há tempo para que Titina nos lembre uma frase interessante do livro de Mo Yan, "...mudar de lugar pode ser ruim para as plantas , mas faz bem aos homens "- as mudanças .Ela também recordou a engraçada situação em que a bolinha de ping-pong de Lu Wenli foi parar na boca do professor Liu - as coincidências...Karen achou o máximo que Zhiwu escolheu casar-se com um mulher feia - as estratégias... Lise incomodou-se com a declaração de Lu Wenli : "O homem de mais de cinquenta está no seu auge, mas a mulher...vira uma bruxa velha" - as conclusões.
 O jantar foi servido! E que jantar... Estava maravilhoso! Não tivemos que votar o próximo livro, pois já estava definido "Livre" de Cheryl Strayed. Fizeram muita falta Karin, em New York, e Malu, na Jordânia. A Karinzita, inconsolável por não estar conosco! Passou todo o encontro mandando mensagens pelo whatsapp, no novíssimo grupo criado pela nossa consultora para assuntos cibernéticos, áudio e vídeo, a incansável Evelyn! Eu, como é possível identificar pelas fotos, estava ainda em recuperação do meu processo de aprimoramento visual...por isso peço também desculpas pela demora na postagem da ata, pois pela sensibilidade ocular, tive muita dificuldade em estar na frente do PC por mais de dez minutos. Foi preciso ir fazendo aos poucos...espero ter retratado bem nossos intensos momentos...

Ahhhhhh, falando em intensidade... Como posso definir os debates e assuntos que tivemos na mesa redonda de jantar da Arletinha? Acho que já que falei em torta até agora, o jantar e seu debate "very hot", foram a cerejinha que completou nossa noite. Voltamos pra casa leves, felizes. As mensagens iam e vinham, o sabor do encontro foi prolongado e, tenho certeza, está sendo sentido agora, quando encerro esta ata e me despeço:- até a próxima reunião dia 25 de setembro, na casa da Karin!



Beijo,

Andrea 



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