Num destes finais de semana, com
mais 8 amigas, fui a um sítio em Gramado. Dividimos tarefas, compras,
preparamos quitutes, nos acomodamos como deu, e partimos para a incrível
experiência de fazer uma trilha juntas! Caminhamos por três horas no meio do
mato, costeando um riacho que corria por lajes de pedra maciça, por vezes caía
em lindas cachoeiras que viravam espelhos de água límpida. Enfrentamos trechos
bem difíceis, escorregadios. As vezes, entre nós e o precipício havia somente
um arame farpado. Quem estava na frente gritava: - dificuldade 8!!! E as amigas
que vinham atrás ficavam alertas para o perigo. A decisão de fazer esta trilha,
nos veio depois que o nosso Clube de Leitura ,
discutiu “Livre”, obra da americana Cheryl Strayed.
Organizamos nossos trabalhos
e famílias para que sobrevivessem sem nós, e pegamos a estrada. Parecíamos
adolescentes num passeio de colégio. Rimos e choramos neste fim de semana.
Cantamos, vimos novela, cuidamos de uma cachorrinha que apareceu por lá. Mas o
que mais fizemos foi conversar. Como podem pessoas que se vêem com frequência,
que falam por whats app todos os dias, que são amigas no facebook, terem tanto
pra conversar? Somos nada sem alguém ao lado.
Se, descendo a trilha, não
houvesse o aviso das que estavam a frente, muitas teriam sido as quedas... Se
para subir não tivéssemos a mão amiga, não teríamos conseguido. O
arame farpado estava ali, mas não poderíamos contar com ele, serviria só para
nos machucar ainda mais. As amigas sim, estavam ali para a ajuda, o estímulo ou
alerta era delas na dificuldade, a
risada e o relaxamento vinha delas quando a caminhada era plana, larga e fácil.
Amo voces, amigas!
Até quarta,
Andrea
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