Por sugestão de uma amiga interessada em reunir o grupo e incentivar a leitura, criamos de forma bastante informal, um CLUBE DE LEITURA que está em plena atividade e já debate (outubro de 2011) seu quarto livro. Nossos encontros são mensais e  recheados de muitas discussões. Como não somos experts, muito menos críticos literários, debatemos os sentimentos que os livros nos proporcionam, o que tem se mostrado muito rico do ponto de vista do crescimento individual e da convivência coletiva fraterna.
         A criação deste Blog é para que registremos a trajetória do Clube. O nome TOSCANA, surge para homenagear  aquela região italiana que, após  uma viagem que fizemos ( entre 11 casais)  para visitá-la, em abril de 2011, ela ficou indelevelmente marcada nos nossos corações. Como a criação do CLUBE DE LEITURA,  decorreu da parceria desenvolvida naquela viagem, a continuidade  do convívio daquele grupo (hoje ampliado), também justifica a homenagem.
         Este  Blog, que é restrito às participantes do CLUBE DE LEITURA TOSCANA, poderá conter  toda espécie de comentários, sugestões e propostas referentes a livros (lidos ou não), filmes, músicas,  peças teatrais e/ou shows , sobre os quais queiramos compartir impressões.
Bem vindas amigas!

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Kim Jiyoung, Nascida em 1982 - Cho Nam-Joo


 Ata de nossa reunião de 04 de junho de 2025



Hora: 19h 

Lugar: Restaurante MÜ, Rua Eudoro Berlinck, 260

Livro: Kim Jiyoung, Nascida em 1982, de Cho Nam-Joo.

Compareceram ao encontro 9 (nove) integrantes do clube: Cleo, Denise, Evelyn, Karen, Karin, Lídia, Lise, Suzana e Titina.

Não houve aperitivo, dessa vez.  Pedimos os pratos diretamente.

Iniciou-se conversando, livremente, sobre vários assuntos, amizades, fez-se o brinde, com vinho branco. Sugeri, para próxima reunião que se utilize uma ampulheta, de 3 minutos, para que cada integrante do Clube fale nas reuniões com essa limitação temporal.  A ideia foi aprovada.  Será testada na próxima reunião, e então avaliada a conveniência de se utilizar essa modalidade. 

Falei um pouco sobre a autora Cho Nam-joo. Trata-se de uma escritora sul-coreana nascida em 1978, em Seul, socióloga por formação, que  trabalhou por cerca de uma década como roteirista de programas de televisão voltados a temas atuais. Após deixar o trabalho para cuidar de sua filha, enfrentou dificuldades para retomar a carreira, experiência que inspirou sua obra mais conhecida, que é justamente o livro que lemos este mês. O romance, Kim Jiyoung, Nascida em 1982, foi publicado em 2016, e tornou-se um fenômeno literário na Coreia do Sul, vendendo mais de um milhão de cópias, sendo traduzido para mais de 18 idiomas. A obra é considerada um marco no debate sobre desigualdade de gênero no país, ao retratar a vida de uma mulher comum que enfrenta diversas formas de discriminação ao longo de sua trajetória. O livro foi adaptado para o cinema em 2019.  A autora é  reconhecida por sua escrita direta e por abordar questões sociais relevantes, especialmente relacionadas à condição feminina na sociedade sul-coreana. Além de Kim Jiyoung, Nascida em 1982, publicou outras obras que exploram temas semelhantes, consolidando-se como uma voz importante na literatura contemporânea da Coreia do Sul.

Passou-se, então ao debate sobre o livro. 

A Lidia fez a primeira apreciação.  Gostou do livro. Comenta que ele se constitui como um retrato direto e objetivo das injustiças enfrentadas pelas mulheres na sociedade. Mostra que “ser mulher” é uma experiência coletiva marcada por desigualdades estruturais, comuns em diferentes contextos, apesar das particularidades culturais. A obra não trata de machismo de forma aberta, mas sim da forma como a sociedade naturaliza a desigualdade de gênero, exigindo que mulheres enfrentem julgamentos e silenciamentos constantes, especialmente no ambiente familiar, onde os homens ocupam o papel de “ajuda” e não de corresponsáveis.

Todas gostaram da obra, que ensejou um bom debate sobre a vida das mulheres, mas também houve críticas ao fato de as mulheres muitas vezes se colocarem na posição de vítimas, assim, como a personagem do livro, com quem muitas não simpatizaram tanto.

Falou-se ainda sobre impostos, tributação, aposentadorias, isenções, ioga, procedimentos médicos, dermatológicos, e outros assuntos, em conversas paralelas, ou não.

Foi tirada a foto e jantou-se, sempre muito boa a comida: atum selado em especial, camarões e outras especialidades da casa. Vinho branco e água, sobremesas compartilhadas.  Foi tirada a foto. 

Conversou-se mais um pouco e foi marcada a próxima reunião para o dia 08/07, terça-feira, no mesmo restaurante, Mü, às 19:00 horas. 

O livro escolhido foi Veronica e os Pinguins, de Hazel Prior.

Beijo às amigas, e até lá, Titina.

segunda-feira, 5 de maio de 2025

PARA ENTENDER O ESTOICISMO - Matthew J. Van Natta

 


Ata de nossa reunião de 15 de abril de 2025


Hora: 19h 
Lugar: Restaurante MÜRua Eudoro Berlinck, 260

Livro: Para Entender o Estoicismo, de Matthew J. Van Natta

 

Compareceram ao encontro 6 (seis) integrantes do clube: Cleo, Karin, Lídia, MaluSuzana e Titina.

 

Degustamos, como entrada, camarões empanados.

 

As conversas, nessa reunião, giraram todas em torno do recente falecimento de nossa querida amiga Arlete, que integrou o Clube nos seus primeiro anos de existência.  Sua morte foi comentada, todas estão muito impactadas com o evento, totalmente inesperado. Foram rememorados momentos felizes que se viveu com a amiga e o quanto foi homenageada com a presença no velório do grande número de amigos que com sua alegrai e entusiasmo conquistou ao longo da vida. 

 

Falei um pouco sobre o autor Matthew J. Van, criador do podcast estoico Good Fortune e do site ImmoderateStoic.com. Seus escritos concentram-se na aplicação diária da filosofia estóica no mundo moderno. Ele vive com sua esposa e filha em Portland, Oregon.

 

A seguir, foi comentado o livro Para Entender o Estoicismo: a Arte do bem Viver da Filosofia Estoica Para Encontrar Resiliência Emocional e Positividade.  Foi apreciado, mas sem maior entusiasmo.  A obra se constitui em um guia acessível e prático para quem busca resiliência emocional e positividade diante dos desafios da vida. O livro introduz os princípios do estoicismo — filosofia nascida na Grécia Antiga — e mostra como eles podem ser aplicados no cotidiano para lidar melhor com emoções, adversidades e expectativas. Van Natta traduz conceitos filosóficos complexos em ensinamentos simples e eficazes, exaltando a sabedoria que há na simplicidade. A leitura convida à prática, com impacto transformador relatado por leitores que enfrentam crises pessoais. O texto enfatiza que o estoicismo não é uma filosofia fria, mas sim uma celebração da vida, baseada em gratidão, reflexão e na busca de alegria nas pequenas coisas. O autor não apenas oferece conselhos, mas provoca uma mudança de mentalidade e incentiva o leitor a adotar o estoicismo como um estilo de vida necessário e acessível, especialmente em tempos de incerteza.

 

Tratando-se de filosofia, concordou-se que foi importante um contato com o estoicismo. Não gerou debate por não encerrar polêmica.  E, havendo a presença de tão poucas amigas a essa reunião, não houve conversas paralelas, o que merece registro.  Ou seja, foi uma reunião bem diferente das que costumam ocorrer.

 

Jantou-se, sempre muito boa a comida: atum selado e arroz com camarõesVinho branco e água, sobremesas compartilhadas.  Foi tirada a foto. 

 

Conversou-se mais um pouco e foi marcada apróxima reunião para o dia 04/06quarta-feira, no mesmo restaurante, , às 19:00 horas

 

O livro escolhido foi Kim Jiyoung, nascida em 1982, de Cho Nam-Joo.

 

Beijo às amigase até láTitina.

sexta-feira, 21 de março de 2025

CONFRATERNIZAÇÃO DE ABERTURA DE ANO LETIVO


Ata de nossa reunião de 18 de março de 2025

 

Hora: 19:15h 
Lugar: Restaurante MÜ, 
Rua Eudoro Berlinck, 260

Somente reencontro, sem livro específico a ser comentado.

Compareceram ao encontro 9 (nove) integrantes do clube: Cleo, Denise, Evelyn, Karen, Karin, Lídia, Lise, Suzana e Titina.

 

Novamente, degustamos entradas inicialmente.  Camarões empanados e lâminas de atum temperadas, em especial.  E muito se conversou! O que se fez no verão, passeios, planos de viagem, livros lidos, filmes vistos comentários sobre o Oscar, a injustiça em relação à Demi Moore, que não ganhou o Oscar de melhor atriz.  Astronautas e o retorno, que ocorreu no dia da reunião.  Pandemia, (assunto recorrente), Morte de Gene Hackman e sua esposa, Betsy Arakawa.  Saúde, mulheres manipuladoras, mais viagens, filme Anora visto por amigas que não gostaram, acharam a temática adolescente, filme Ghost, que todas adoraram, na época. 

 

A seguir, a Presidente chamou à realidade, o encontro era para cada uma falar sobre o que leu nas férias.  Alguns livros foram referidos: O Vento Sabe o Meu Nome, de Isabel Allende, Antes que o Café Esfrie, de Toshikazu Kawaguchi,  O Segredo de Espinosa, de José Rodrigues dos Santos,  Longe das Aldeias, de Robertson Frizero, Cães Negros, de Ian McEwan,  A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón, e livros de história, sobre impérios, o conhecimento do passado para entender o presente, dentre outros.  Mas, depois, a conversa geral voltou a grassar.  As amigas estavam com muita saudade dos encontros. Voltou-se a falar de doenças, preparação para o futuro, estoicismo como um auxílio para enfrentar os problemas da vida.  Há, ainda, outras conversas, simultânea e paralelamente realizadas, às quais não se teve acesso e, por tal, não é feito o registro. Não foram poucas.

 

Jantou-se, sempre muito boa a comida. Vinho branco e água, sobremesas compartilhadas.  Foi tirada a foto. 

 

Conversou-se mais um pouco e foi marcada a próxima reunião para o dia 15/04, terça-feira, no mesmo restaurante, Mü, às 19:00 horas. O livro escolhido foi Para Entender o Estoicismo, de Matthew J. Van Natta

 

Beijo às amigas, e até lá, Titina.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

O ACIDENTE - Ismail Kadaré

  





Ata de nossa reunião de 10 de dezembro de 2024


Hora: 19:15h
Lugar: Restaurante MÜ, 
Rua Eudoro Berlinck, 260

Livro “O Acidente” de Ismail Kadaré.

 

Compareceram ao encontro 10 (dez) integrantes do clube: Cleo, Denise, Evelyn, Karen, Karin, Lídia, Lise, Malu, Suzana e Titina.

 

Novamente degustamos entradas, comentou-se o filme A Substância, Demi Moore, estética, envelhecimento etc.  Cleo, Denise e Lidia viram o filme.  As demais integrantes ainda não viram, mas prometeram fazê-lo ao longo do verão.  O filme foi comentado e resumido. Foi chamada a atenção para os seus detalhes, colorido, assunto do envelhecimento etc. 

 

A seguir, falei sobre o autor, Ismail Kadaré, albanês, nascido em Girokaster, em 1934, e recentemente falecido em Tirana, em 2024.  Era filho de um funcionário público. Presenciou a devastação da Albânia por tropas que se digladiaram durante a 2ª Guerra Mundial, o que deixou marcas na sua vida e na sua obra.   Foi considerado um dos maiores escritores e intelectuais europeus do Século XX e uma voz universal contra o totalitarismo.  Estudou em Tirana e Moscou e, depois de sofrer ameaças do regime comunista, exilou-se na França em 1990.  Aproveitou todas as oportunidades para atacar o regime em suas obras.  Recebeu muitos prêmios literários e foi nomeado várias vezes para o Nobel. 

 

A Lídia fez um resumo, registrando que o autor mata os personagens no primeiro capítulo. A história não poderia ser mais "down": um acidente de carro (táxi) mata o casal protagonista, a caminho do aeroporto de Viena. O motorista, que sobreviveu, é incapaz de explicar a causa do acidente. Sugere que estaria relacionado com a distração dele com o que viu (ou julgou ver) pelo retrovisor: uma tentativa de beijo dos dois. A crítica diz que "O Acidente", considerando a obra de Kadaré, é a exceção da exceção. Em nenhum de seus 45 romances, explorou de forma desvelada a relação entre um homem (Bessfort - albanês) e uma mulher (Rovena - Sérvia). O Autor confunde o leitor, pois nunca se sabe o que acontece realmente, ou é sonhado ou ainda, é apenas desejado. Além de várias aventuras sexuais entre figurantes esporádicos de outro ou do mesmo sexo. Não se consegue entender quem é realmente Bessfort... um diplomata? um defensor do antigo ou do atual regime?... Por que teme tanto o Tribunal de Haia? Perguntas com respostas apenas sugeridas. Também o epílogo é apenas sugerido... Lemos todo o livro para saber o mistério do acidente e encerramos sem saber. Foi o pior livro do autor, segundo a crítica. Livro confuso, do qual ninguém gostou.

 

Fez-se a votação e foi escolhido como melhor livro do ano, com maioria absoluta,  “O Pacto das Águas”.  Em segundo lugar, com um voto, “Em Agosto nos Vemos”.

 

Jantou-se, sempre muito boa a comida. Vinho branco e água, sobremesas compartilhadas.  Houve o amigo secreto, muito afetuoso.  A Lise, carinhosamente distribuiu biscoitos de Natal lindamente decorados, para as amigas. 

 

Foi tirada a foto. Conversou-se mais um pouco e foi marcada a reunião de março, para o dia 12/03, uma quarta-feira.  

 

Beijo às amigas, boas leituras, e até lá, Titina.

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

BOM DIA TRISTEZA - Françoise Sagan


Ata de nossa reunião de 06 de novembro de 

Hora: 19:15h 

Lugar: Restaurante MÜ, Rua Eudoro Berlinck, 260

Livro “Bom Dia Tristeza” de Françoise Sagan

Compareceram ao encontro 9 (nove) integrantes do clube: Cleo, Denise, Evelyn, Karen, Karin, Lídia, Lise, Suzana e Titina.

Enquanto degustávamos as entradas, cubos de camarão à milanesa com farinha panko, acompanhados de vinho branco conversamos sobre variados assuntos: filme A Substância, Demi Moore, Jane Fonda, beleza, envelhecimento,  Coppola, documentários, Quincy Jones, Celine Dion, casamento em Punta, e muito mais.

Falei sobre a escritora, Françoise Sagan, francesa, que viveu de 1935 a 2004. Conheceu o sucesso ainda garota quando, aos 18 anos, escreveu em sete semanas sua primeira e mais consagrada obra: Bonjour Tristesse (Bom dia, Tristeza), que só nos Estados Unidos vendeu um milhão de exemplares, e à qual se seguiram cerca de cinquenta obras, entre romances, peças teatrais e autobiografias. Foi amiga, entre outros, de Tennessee Williams, Orson Welles, François Mitterrand, Truman Capote, Ava Gardner, e de um dos maiores intelectuais de todos os tempos, o filósofo Jean-Paul Sartre, mas não havia mais nenhum deles ao seu lado na época de sua morte, aos 69 anos, afundada em dívidas, doente e solitária. 

A seguir, a Lídia resumiu o enredo. O romance se passa no litoral do mediterrâneo, nas férias de verão, que Cécile vai passar com o seu pai, (bom vivant) e Elsa, sua namoradinha da ocasião. A cativante Cécile, tem dezessete anos. Ao ficar livre das restrições sufocantes do internato onde estuda, Cécile e Raymond, seu pai viúvo ainda jovem e galanteador, tornam-se unha e carne. Com o casarão magnífico, o clima quente, e o mar Mediterrâneo a seus pés, Cécile desfruta dos momentos de espírito livre, assim como o pai, enquanto investe nas próprias aventuras sexuais com um estudante de direito alto e, às vezes, bonito.

Tudo são flores até que o seu pai, entediado, liga para Anne, que foi amiga de sua esposa e é madrinha de Cécile.  A visita da melhor amiga de sua falecida mãe perturba sua deliciosa desordem. O pai e Anne começam a namorar, ignorando a presença de Elsa. Anne é uma estilista consagrada e bem sucedida, que impõe naturalmente a sua presença e passa a exigir que Cécile estude para a prova de filosofia, que ficou pendente. E, quando Raymond anuncia que vai se casar de novo, com Anne, Cécile se dá conta de que sua liberdade será posta em xeque.  Fica infeliz com a decisão, não acreditando que o pai será feliz. Movimenta-se, então, para dificultar o relacionamento, sem saber que isso pode trazer trágicas consequências. O desfecho é o pior possível. O livro relata estilos de vida liberdade X libertinagem, irresponsabilidade, imaturidade e a falta de um exemplo de vida. O marcante do livro é a habilidade da autora de mostrar como funciona a cabeça de uma adolescente, seus pensamentos constantes, dúvidas, convicções e ações, que conduzem ao desfecho. É um livro sobre adolescência, amor e solidão, e teve, quando de seu lançamento, um impacto imediato em um mundo pós-guerra que estava em busca de novas formas de expressar emoções e a própria identidade.

Poucas integrantes do Clube (apenas 2) gostaram do livro.  O conteúdo foi avaliado, pela maioria, como fraco.  A qualidade da escrita, porém, foi admitida por todas.  Debateu-se um pouco, depois falou-se sobre o início do Clube, em 2011 e restou combinado que veríamos o filme “A Substância” para debate na última reunião do ano.

A seguir, passou-se ao jantar, muito bom, como sempre.  Os pedidos consistiram, principalmente, em atum selado, havendo outros pedidos, contudo, de acordo com as preferências de cada uma das integrantes do Clube.  Muitas sobremesas, repartidas, e, para beber, águas e vinho branco. 

Foi tirada a foto. Conversou-se mais um pouco sobre armênios, Espinoza, viagens, e vários outros assuntos.

Por fim, foi escolhido o livro “O Acidente” de Ismail Kadaré para o próxima reunião, marcada para o dia 10/12, segunda-feira, no MÜ.

Beijo às amigas, boas leituras, e até lá, Titina.

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

OS AMANTES DE CASABLANCA- Tahar Ben


 Ata de nossa reunião de 08 de outubro de 2024

Hora: 19:15h 

Lugar: Restaurante MÜ, Rua Eudoro Berlinck, 260

Livro “Os Amantes de Casablanca” de Tahar Ben Jellou


Compareceram ao encontro 7 (sete) integrantes do clube: Cleo, Karen, Karin, Lídia, Lise, Suzana e Titina.


Enquanto degustávamos as entradas, tempura de camarão, novamente, e outras entradinhas, conversamos sobre variados assuntos: reflexões sobre arte, como o fato de um servente de limpeza ter colocado no lixo uma obra de arte que consistiria em uma lata de cerveja, em um museu holandês, mulheres bonitas, que continuam bonitas ao envelhecer, como a Garota de Ipanema, Catherine Deneuve, e outras. E mais alguns assuntos.

Falei sobre o autor, Tahar Ben Jellou, nascido em Fez, em 1º de dezembro de 1947.  É um romancista, ensaísta, poeta e pintor franco-marroquino de expressão francesa. Venceu o Prêmio Goncourt de 1987 (o que nos impressionou). O autor morou no Marrocos até 1971 quando, diante do anúncio de que o ensino de filosofia no Marrocos seria arabizado, Ben transferiu-se para a França, conseguindo uma bolsa para se especializar em psicologia. Chega a Paris em 11 de setembro daquele ano. Desde então, a capital francesa converteu-se em seu lar. Em 1975, doutorou-se em psiquiatria social. Em 2006 tentou reinstalar-se na sua pátria, mas fracassou. Recorda-o assim: "Voltei ao Marrocos em 2006 com a intenção de ficar lá, mas foi difícil. Para viver em Marrocos há que conhecer os códigos e, ainda que eu os conheça, fatigam-me. Tive, ademais, más experiências familiares, de modo que terminei regressando a Paris. Amo o Marrocos, mas há duas coisas que não suporto - a falta de seriedade e a corrupção”. É o escritor francófono mais traduzido no mundo, vencedor de muitos prêmios literários.

A seguir, a Lídia resumiu o enredo. Trata-se de um romance que se passa em Casablanca, no ano de 2016. Nabile, médico pediatra, e Lamia, farmacêutica que administra uma grande indústria, com seus três filhos (uma adotiva), formam um casal moderno, bem-sucedido e entrosado. Até o dia em que Lamia se apaixona por Daniel, um homem de reputação duvidosa que vira seu mundo de cabeça para baixo. Seis meses depois, ela pede o divórcio. Qual será o futuro de uma mulher voluntariosa e desejante numa sociedade patriarcal, na qual a liberdade custa muito caro – sobretudo a liberdade feminina? Entre crítica social e romance psicológico, o livro narra a história de um casamento, não uma história de amor. A personagem Lamia, é bastante incoerente.  Uma mulher descrita como forte, batalhadora, profissional, cai em uma história superficial e banal com Daniel.  O casamento é mostrado como uma mera convenção social, que coloca os personagens na condição de bem-sucedidos perante a sociedade. Os filhos do casal não fazem parte da relação familiar.  Sua existência é apenas registrada.  Há frieza nas relações, destituídas de afeto, inclusive com os pais dos personagens principais. O livro relata uma sociedade em que coabitam judeus e muçulmanos.  A prosa do autor se mostrou arrastada, com narrativas previsíveis, limitando a profundidade emocional. 

O livro não foi apreciado pelo Clube, embora se tenha admitido que forneceu alguma dose de entretenimento.  Poderia ter aprofundado as motivações dos personagens.  Cogitou-se que o autor tenha utilizado alguma história de seus pacientes, ou de vários.  E, além de tudo, a capa era muito feia.  A pior capa de livro que o Clube já viu!

Mas, apesar de suas limitações, o fato é que o livro desencadeou a abordagem de vários assuntos relacionados a casamento, separações,  traições, amantes, amores e desamores, telefonemas anônimos e muito mais.

A seguir, passou-se ao jantar, muito bom.  Os pedidos consistiram, em sushi, atum selado, etc, de acordo com as preferências de cada uma das integrantes do Clube. Sobremesa repartida e, para beber, águas e vinho branco. 

Foi tirada a foto. 

Por fim, foi escolhido o livro “Bom Dia Tristeza” de François Sagan, para a próxima reunião, marcada  para o dia 06 de novembro, uma quarta-feira, em local a ser definido em data mais próxima.

Beijo às amigas, boas leituras, e até lá, Titina.

Deus na escuridão- Walter Hugo Mae

 



Ata de nossa reunião de 16 de setembro de 2024

 

 

Hora: 19:15
Lugar: Restaurante MÜRua Eudoro Berlinck, 260

Livro Deus na Escuridão”, de Walter Hugo Mãe

 

Compareceram ao encontro 8 (oito) integrantes do clube: Cleo, Evelyn, Karen, Karin, Lídia, Lise, Suzana e Titina.

 

Enquanto degustávamos as entradas, tempura de camarão e ceviche, conversamos sobre variadosassuntos: moda (sempre), roupas não descartáveis, casamentos, cremes para a pele, etc. 

 

Nem falei sobre o autor, Valter Hugo Mãe, porque já é bem conhecido das integrantes do clube.  Valter Hugo Mãe é o nome artístico do escritor português Valter Hugo Lemos, nascido em Angola, em 25 de setembro de 1971 e que, além de escritor, é editor, artista plástico, apresentador de televisão e cantor. Já lemos outra obra dele no passado, bem apreciada no Clube.

 

seguir, a Lídia resumiu o enredo. Trata-se de um romance profundo sobre o amor fraterno e a necessidade de cuidar de alguém.  Pouquinho (Serafim) e Felicíssimo (Paulinho), com seus pais, vivem nas alturas em uma casa incrustrada na rocha íngreme, na comunidade de Buraco da Caldeira, na Ilha da Madeira.  Naquela natureza indomável, numa paisagem legendária e com uma fé imensurável é que, na labuta diária, passam seus dias.  Um amor sublime os envolve.

 

Pouquinho nasceu “sem as origens”, uma condição física que era tida na comunidade como algo entre o estranho e o santificado.  Nasceu inteirinho mas “mordido entre as pernas”, uma criança abreviada.   Felicíssimo assumiu o cuidado do irmão caçula como um dever, mas também como um ato de amor. Felicíssimo jurou proteger o irmão de todos os males do mundo e exerceu a missão ao longo de sua vida não como uma obrigação, mas como um ato supremo de amor incondicional O livro explora a ideia de que amar se constitui em um sentimento que se exerce na “escuridão”, ali sempre presente.  O livro é um manifesto à lealdade e resiliência.   

 

O autor escreve com muitas expressões regionais o que dificultou o entendimento de alguns trechos, até metafóricos (como por exemplo as Repetidas, da Senhora Baronesa do Capitão).  Utilizou-se de uma escrita poética e figurativa, brincando com as palavras e os nomes dos personagens.   A leitura resulta menos fluída, exigindo um grau maior de concentração.

 

As leitoras avaliaram o livro como profundo, bonito, mas não muito apreciado.  Apenas três integrantes do Clube gostaram, efetivamente, do livro. Ainda assim, concluiu-se que foi bom ter lido a obra, embora não tenha sido tão agradável a leitura em razão das expressões regionais intraduzíveis. 

 

A seguir, passou-se ao jantar nesse restaurante muito bonito, recentemente inaugurado.  Tudo muito bom.  Os pedidos consistiram, basicamenteem sushi, polvo, e atum, de acordo com as preferências de cada uma das integrantes do Clube. Sobremesa repartida e, para beber, águas e vinho branco. Falou-se de series, filmes, postos de gasolina, e outros assuntos culturais (como sempre, hehe)

 

Por fim, foi mantida a escolha do livro “Os Amantes de Casablanca” de Tahar Ben Jelloun, para a reunião subsequente e marcada a próxima reunião para o dia 08 de outubro, uma terça-feira, no Restaurante Um Bar&Cozinha, (chef Carlos Kristensen), situado na Av. Mariland, 1388esquina Anita Garibaldi (junto à loja Grand Cru Vinhos).  Ao longo do mês, contudo, foi alterado o local da reunião de outubro, que restou marcada para o mesmo restaurante de setembro, o Mü.

 

Beijo às amigase até láTitina.