Por sugestão de uma amiga interessada em reunir o grupo e incentivar a leitura, criamos de forma bastante informal, um CLUBE DE LEITURA que está em plena atividade e já debate (outubro de 2011) seu quarto livro. Nossos encontros são mensais e  recheados de muitas discussões. Como não somos experts, muito menos críticos literários, debatemos os sentimentos que os livros nos proporcionam, o que tem se mostrado muito rico do ponto de vista do crescimento individual e da convivência coletiva fraterna.
         A criação deste Blog é para que registremos a trajetória do Clube. O nome TOSCANA, surge para homenagear  aquela região italiana que, após  uma viagem que fizemos ( entre 11 casais)  para visitá-la, em abril de 2011, ela ficou indelevelmente marcada nos nossos corações. Como a criação do CLUBE DE LEITURA,  decorreu da parceria desenvolvida naquela viagem, a continuidade  do convívio daquele grupo (hoje ampliado), também justifica a homenagem.
         Este  Blog, que é restrito às participantes do CLUBE DE LEITURA TOSCANA, poderá conter  toda espécie de comentários, sugestões e propostas referentes a livros (lidos ou não), filmes, músicas,  peças teatrais e/ou shows , sobre os quais queiramos compartir impressões.
Bem vindas amigas!

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

A Lebre Com Olhos de Ambar ( A Reunião)


E eis que lemos  A Lebre Com Olhos De Âmbar, livro denso de conteúdo, conceitos e informações. Assim foi também nossa frutífera reunião. Evelyn nos recebeu com a porta aberta e um gritinho de: Venham aqui pra cima!!! O estacionamento interno gratuito,  os vinhos de todas as cores, os palitinhos de queijo e aperitivos, a comida da Jurema e aquele sorriso de anfitriã que faz tudo pra agradar suas queridas amigas do Clube de Leitura Toscana, foi perfeito!

Bom, nem tudo... A Titina, chegou atrasada e como se não bastasse, não trouxe a biografia do autor. Parece que apresentou atestado à Presidente e, como falou em irmos a Parati,  imagino que tenha sido perdoada. Eu também perdoaria, afinal, com aquele vestido floreado e as covinhas do seu sorriso, quem não relevaria...

A presidenta Lídia, cada vez mais empenhada e profissional, fez resumos por períodos históricos, que foram entregues a todas para orientar o debate.  Começou, lendo em voz alta, a Denise, com o trecho que se referia a Paris.  A relação da personagem Charles com artistas e obras tão conhecidas e importantes, impressionou, como também seu comportamento cheio de usanças consideradas ousadas até para o nosso tempo. Suzana comentou que a vida dele devia ser ótima, mas ler sobre ela foi um pouco enfadonho.

Depois foi a vez  da Lise nos apresentar o período Vienense. Mais triste, menos brilhante que o primeiro. Algumas gostaram de Viktor, Lise adorou Elizabeth (sua chará), e todas se impressionaram com Emmy ; marido, filhos, e muitos amantes... As piadinhas foram inúmeras! Falavam e depois me olhavam, pedindo piedade e implorando para que eu não escrevesse.  Tava complicado pra mim... De um lado a Denise , me ditando as frases que eram ditas, na minha frente a Lise e a Suzana me pedindo pra poupá-las e as apimentadas Cléo e Karin, arrepiando nas declarações...

A Segunda Guerra Mundial ficou a cargo da leitura da Karin com sua pronúncia impecável do alemão. Aqui, a tristeza realmente predominou. A decadência, a destruição, as fugas e as mortes. Perdas, é sempre difícil lidar com elas. Karin contou a história dos pais, que, em lua de mel, acabaram por “ assistir “ a Guerra toda. Arletinha leu o trecho em que Elizabeth descreve sua volta a Viena após o conflito e define todo o sofrimento no som de uma voz e seu efeito. Refletimos sobre as injustiças cometidas e sobre como um sequestro de bens é também um sequestro de identidade e de história .

Por fim, quando já estávamos totalmente inquietas e a concentração havia  se esgotado... Enquanto eu ajudava a Evelyn a, literalmente, arrancar a rolha dos vinhos, Lidia leu a resenha sobre Tóquio.  Falamos um pouco sobre o General McArthur e suas medidas quando comandou a ocupação americana no Japão e, enfim,  passamos a pensar no próximo livro.

Estava definido o Último Judeu, mas como a temática da Lebre já abordava o povo judeu, a colega Arlete, ameaçou se abster da próxima leitura, visto que também havia lido recentemente o Cemitério de Praga e preferia algo mais leve. Aliás todas queriam algo mais leve... Por leve, entenda-se ... bem, não ficou muito claro... A verdade é que pela primeira vez, 3 membros trouxeram o mesmo livro para indicar: 50 Tons de Cinza de E L James.  Evelyn, Titina e Cléo indicaram, mas outras tantas já tinham ouvido falar e estavam curiosíssimas... Então, em busca da leveza e, pelo que pude intuir, da descontração total, o livro para o dia 28 de agosto é este. Salve-se quem puder!!! Venham todas, esta reunião promete...

5 comentários:

Evelyn Saadi disse...

Ai que saudades que eu estava dessa nossa Redatora Oficial. Brilhante, como sempre. Descriçao perfeita de nossa reunião. Aguardo ansiosa o proximo encontro. bj

Andrea Taffarel disse...

Obrigada querida!
Acho que nos divertimos horrores e só vai melhorar!
bjoca

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Queridas amigas leitoras,

Muito bom nosso encontro! Demorei para fazer o registro, por falta de tempo, envolvida com outras atividades, pessoais, familiares e profissionais, e 
também pq tive que aprender a me manifestar no nosso blog. Espero ter aprendido certinho, he, he. 

Ótimo nosso encontro, o jantar, o carinho da anfitriã, a companhia das queridas amigas - eu estava com saudades. Ótima, também, como sempre a ata de nossa querida e criativa redatora oficial. Bem fidedigna, exceto quanto à biografia do autor,he, he, de novo. Levei tudo preparadinho, queridas, mas como cheguei atrasada, involuntariamente, registre-se (missa de formatura da minha filha Mariana, em psicologia) e como havia muito o que comentar e ler e debater a respeito do livro, acabamos sem tempo. Aproveito para colar abaixo o resuminho que eu tinha preparado, sobre o autor. E prometo não chegar atrasada nos próximos, para apresentar as biografias na hora certa, antes de debatermos o livro. Aí vai, bom fim de semana a todas, bjo, Titina:

O nosso escritor desse mês é Edmund Waal. Ele é um ceramista de renome mundial, que vive em Londres. Nasceu em 1964. Estudou literatura em Cambridge e também no Japão. O livro “A Lebre com Olhos de Âmbar”, segundo Edmund, se constitui essencialmente na biografia de uma coleção de netsuquês. É, porém, de forma indireta, a biografia de sua família. O foco, contudo, é na coleção de netsuquês, como a coleção começou, por onde andou, em que locais foi guardada, etc. A partir daí, toma-se contato com a vida da família do autor. É contada a ascensão e a queda de uma dinastia judaica. Por via reflexa, tem-se um panorama da vida cultural na Europa do final do sáculo XIX ao século XX, e dos problemas enfrentados no continente, as duas guerras mundiais, a perseguição aos judeus, etc. O livro trata ainda da diáspora do povo judeu e da sobrevivência dos objetos. A coleção passa por quatro proprietários e é guardada em quatro lugares, conforme contado no livro:
1. Na sala de Charles, em Paris;
2. No quarto de vestir da bisavó do autor, Emmy, no Palais Ephrussi, em Viena, ao alcance de seus filhos (dentre os quais a avó do autor);
3. No quarto de do tio do autor, irmão de sua mãe, Ignace ou Iggie, em Tóquio;
4. E, por fim, na casa do próprio escritor, em Londres, ao alcance de seus filhos, como estivera ao alcance de sua avó quando criança.
O autor recebeu o prêmio Costa Booking Awards em 2010 pelo livro, na categoria biografia. Trata-se de um prêmio prestigiado no Reino Unido, que premia autores do Reino Unido e Irlanda com 5.000 libras. O livro já foi publicado em 20 línguas.